ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

08/Jul/2025

Fertilizantes: preço da ureia cai com alívio de tensões

Segundo a StoneX, o cessar-fogo entre Israel e Irã e a retomada da produção de nitrogenados no Egito e Irã provocaram queda de aproximadamente US$ 30,00 por tonelada nos preços da ureia no mercado internacional. A redução de 5% nas cotações CFR (custo, frete e seguro até o porto brasileiro) reflete o alívio das tensões geopolíticas na região produtora do fertilizante. A diminuição das tensões no Oriente Médio contribuiu para o movimento de baixa no mercado. O movimento representa uma reversão da tendência de alta observada durante a escalada do conflito, quando fornecedores adotaram postura de cautela diante dos riscos de interrupção na produção. O foco dos investidores agora se volta para a licitação anunciada pela Índia, que busca adquirir fertilizantes para abastecer o mercado doméstico.

Na tentativa anterior, a Índia não conseguiu comprar o volume desejado devido à volatilidade dos preços durante o pico das tensões. A demanda por adubos segue em alta no país, que figura entre os maiores importadores de ureia. A licitação indiana ocorre em um cenário de dificuldades para o setor de nitrogenados. A oferta permanece restrita, com as exportações chinesas limitadas por políticas do governo local. Há também incertezas sobre mudanças na política comercial dos Estados Unidos, que podem afetar o comércio de fertilizantes. Para o mercado brasileiro, a queda nos preços da ureia representa uma oportunidade para importadores. As importações de nitrogenados crescem no segundo semestre, quando compradores intensificam as aquisições destinadas à 2ª safra de milho de 2026.

O Brasil depende de importações para suprir a demanda interna de fertilizantes nitrogenados. A licitação indiana funcionará como referência para a formação de preços internacionais e orientação do setor nas próximas semanas. O resultado da compra pode indicar se a tendência de queda nos valores se sustentará ou se haverá reversão diante da demanda aquecida dos principais importadores. Apesar do alívio com a retomada da produção no Oriente Médio, analistas alertam que a disponibilidade de ureia continua restrita. A China, maior produtor, mantém políticas que limitam as exportações para priorizar o abastecimento interno. Outros fornecedores, como Rússia e Belarus, enfrentam restrições comerciais que afetam o comércio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.