01/Jul/2025
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) avaliou como positivo o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, anunciado nesta segunda-feira (30/06). A manutenção dos juros baixos é um fator para impulsionar a mecanização no campo. O governo optou por manter os juros baixos, mesmo com a Selic tendo subido. É claramente uma tentativa de aumentar a produção da agricultura familiar e evitar a inflação de alimentos. Isso foi bastante positivo. Entre os destaques do programa, destaque para a manutenção da taxa de 5% ao ano para o Pronaf Mais Alimentos e a ampliação das condições para pequenos agricultores na linha de crédito com juros de 2,5% ao ano.
O agricultor que faturava até R$ 100 mil por ano agora poderá acessar esse crédito se tiver renda de até R$ 150 mil, e o valor financiável subiu de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Isso aumenta o acesso à mecanização agrícola e é bom para a indústria e para o agricultor. Também foi atualizado o teto de financiamento de tratores de até 70 cavalos, que agora é de R$ 250 mil. Essas medidas devem resultar em maior movimentação no setor. Só o fato de manter o juro e ampliar o público elegível já indica aumento de vendas e mecanização.
Apesar da avaliação favorável, o ainda não é possível saber qual será o volume total de recursos destinados às linhas do Pronaf voltadas à aquisição de máquinas. Só será possível saber quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicar as normativas. Por enquanto, não há como estimar quanto vai para cada linha. Com a divulgação do Plano Safra empresarial prevista para esta terça-feira (1º/07), a Abimaq tem expectativa de um programa robusto e com mais recursos para a indústria. No ano passado, foram R$ 12 bilhões para o Moderfrota e o Moderfrota Pronamp. Esse valor é muito baixo diante de um mercado de cerca de R$ 70 bilhões.
Quando esse dinheiro acaba, o agricultor não compra, porque o juro de mercado está em torno de 20% ao ano. Isso trava as vendas. A ampliação da verba para financiamentos subsidiados é essencial para evitar o desaquecimento do setor. Não é bom nem para o agricultor, que deixa de modernizar o parque de máquinas, nem para quem está expandindo a área plantada. A entidade espera que o governo tenha sensibilidade para reforçar o Plano Safra também para o setor empresarial. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.