01/Jul/2025
Os preços dos fretes apresentaram queda em diversos Estados, reflexo da menor demanda por transporte e da redução no preço do diesel. Apesar disso, a tendência é de alta nos próximos meses, com o aumento esperado na movimentação logística devido à colheita da 2ª safra de milho de 2025. As exportações de milho em maio de 2025 somaram 6,1 milhões de toneladas, abaixo das 7,5 milhões registradas no mesmo mês do ano anterior. O principal ponto de escoamento foi o Porto de Santos (SP), que respondeu por 28,8% do total exportado. Em seguida, aparecem os portos do Arco Norte, com 25,7% da movimentação, uma queda expressiva em relação aos 45,3% registrados no mesmo período de 2024. Completam a lista os portos de São Francisco do Sul - SC (16,4%), Paranaguá - PR (12,9%) e Rio Grande - RS (12,8%). Os embarques partiram, principalmente, dos estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. A soja brasileira, por sua vez, segue firme no comércio exterior, com 38% das exportações partindo do Arco Norte, número superior aos 36,4% do ano anterior.
O Porto de Santos contribuiu com 37,5% da soja exportada, seguido por Paranaguá (11,9%) e São Francisco do Sul (5,3%). As cargas tiveram como origem principalmente os estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais. O farelo de soja também apresentou incremento no período de janeiro a maio deste ano, atingindo 9,6 milhões de toneladas exportadas, ligeiramente acima dos 9,3 milhões do mesmo intervalo em 2024. A movimentação concentrou-se nos portos de Santos (42,3%), Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%). O segmento de fertilizantes teve forte elevação nas importações em maio, superando os volumes registrados nos primeiros meses do ano e sendo o maior desde maio de 2022. No acumulado de janeiro a maio de 2025, o Brasil internalizou 15,27 milhões de toneladas do insumo, contra 13,6 milhões em igual período do ano passado. Os principais portos de entrada foram Paranaguá (4,09 milhões de toneladas), Arco Norte (2,99 milhões) e Santos (2,1 milhões). Os valores dos fretes recuaram em diversos Estados em junho, como Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí, onde o mercado foi influenciado pela menor demanda de transporte e pela queda do preço do diesel.
No Paraná, embora haja variações regionais, houve retração em Ponta Grossa. Em Minas Gerais, a tendência é de estabilidade nos grãos e aumento nos fretes de café por conta da entressafra. Em contrapartida, houve elevação nas cotações em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Minas Gerais (para o transporte de café), com destaque para a movimentação crescente da colheita da 2ª safra de milho de 2025 e aumento da procura por transporte. A perspectiva é de elevação gradativa nos fretes nos próximos meses. O estado do Paraná também registrou elevação na demanda de fretes em diversas regiões. Com comportamento intermediário, Goiás e Piauí apresentaram mercados mais estáveis, ainda que com leve redução na movimentação. O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que reúne informações de dez Estados produtores, trazendo análises sobre o panorama logístico do setor agropecuário, detalhamento do fluxo de cargas e os principais corredores de escoamento da produção agrícola nacional. Fonte: Conab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.