23/Jun/2025
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e a StoneX, a ampliação da guerra entre Israel e Irã mantém o mercado de petróleo volátil e os preços em alta, prolongando as janelas fechadas para importação de combustíveis, principalmente em relação ao diesel, que já registra defasagem média de 19% nas refinarias da Petrobras, tornando a estatal mais competitiva no mercado interno. Nos polos de importação da estatal em Paulínia e Araucária, a diferença de preço atinge 20%.
Com a disparada do preço do diesel no mercado internacional, que afeta inclusive o diesel russo que ainda é vendido no Brasil, a diferença, no caso da Petrobras, abre espaço para uma alta de R$ 0,60 por litro. A Petrobras reafirmou que não vai trazer volatilidade externa para o Brasil e considera que ainda era cedo para um novo reajuste. Ao mesmo tempo, para conseguir pagar dividendos extraordinários, um pedido do governo, um reajuste no preço do diesel ajudaria. A estatal não olha apenas o preço do petróleo e dos combustíveis no mercado internacional para fazer reajustes de preços, mas também o câmbio e a posição da empresa no mercado. Somente este ano, a companhia fez três reajustes no diesel.
A Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, que pratica o preço de paridade de importação (PPI), abandonado pela Petrobras em maio de 2023, aumentou o diesel no dia 19 de junho, em 4,5% na média dos mercados que atende, reduzindo a defasagem em relação ao mercado internacional para 11%. Já são 12 dias de janelas fechadas para a importação de diesel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.