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20/Jun/2025

Energia Elétrica: abertura do mercado é positiva

Segundo a Envol Energy Consulting, a abertura total do mercado de energia, prevista da Medida Provisória nº 1.300/2025, viabilizará a oferta de descontos entre 8% e 15% pelos comercializadores varejistas aos consumidores. O texto, que está em tramitação no Congresso Nacional, prevê que consumidores industriais e comerciais atendidos em baixa tensão poderão escolher seus fornecedores de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL) a partir de agosto de 2026. Os demais consumidores, como os residenciais, poderão fazê-lo a partir de dezembro de 2027. Os parlamentares, no entanto, podem mudar a proposta. As projeções consideram o desconto dado no componente de energia da conta. O fio, dependendo da região, pode ter um aumento de aproximadamente R$ 15,00 a R$ 20,00 por megawatt-hora.

No combinado, isso resultaria numa economia equivalente de cerca de 8% a 15%, pois tudo depende da distribuidora e de como será a competição. Por outro lado, a socialização de custos (como a inclusão do rateamento de Angra 1 e 2, por exemplo, que também está prevista na MP) resultaria em um aumento de 1%. A concretização da abertura de mercado no País pode atrair novos players para este segmento. Grupos internacionais devem ter interesse. Tendem a vir mais players da Europa e da Ásia do que dos Estados Unidos. É esperada uma consolidação, no futuro, com um número de competidores maior do que em outras geografias. O Brasil deve ter uma consolidação com 15 ou 20 players. Os grupos de distribuição de energia, geradores, e outros setores já acostumados a atuar no varejo estão entrando no negócio assim como companhias de telecomunicações, bancos e distribuidoras de combustíveis.

Segundo os cálculos da Envol, para a indústria, a redistribuição da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pode elevar em até 20% a tarifa de energia até 2038 de maneira escalonada. Para 2026, a projeção é de um aumento menor, de 6% e, a partir daí, espera-se uma taxa de crescimento anual de 1,4%. A conta considera também os efeitos do fim do desconto da tarifa de fio para os consumidores livres, também prevista na MP. O ponto tem sido um dos principais alvos de discussão do texto. Se o texto for alterado e o desconto mantido, o aumento esperado cai de 20% para 16%. Em 2026, para 5% com crescimento anual de 1,2%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.