17/Jun/2025

Segundo a Agrinvest, o aumento da escalada do conflito entre Irã e Israel deve gerar instabilidade no mercado de ureia, importante fertilizante nitrogenado, e elevar os preços do adubo no curto prazo. Destaque para o peso especialmente para o Brasil, que importa 100% da ureia que utiliza, sendo que 17% vêm do Irã. A guerra entre as duas nações do Oriente Médio deve ser sentida também na precificação de safra de verão (1ª safra 2025/2026) e milho 2ª safra de 2026. O Irã é o terceiro maior exportador de ureia do mundo. Já se observa um movimento de alta no preço da ureia em função do conflito: o fertilizante subiu de US$ 399,00 por tonelada para US$ 490,00 por tonelada, aumento de mais de US$ 90,00 por tonelada em poucos dias

Em uma simulação considerando aumentos recentes do CFR (custo e frete), a relação de troca entre ureia e milho pode subir para 75 sacas de 60 Kg de milho por tonelada de ureia à vista. Se considerar o pagamento a prazo safra, ou seja, com vencimento em 2026, essa relação facilmente superaria 80 sacas de 60 Kg de milho por tonelada. Isso significa que o poder de compra do produtor foi comprometido. Alguns fertilizantes nitrogenados também devem subir: sulfato de amônio tende a acompanhar a alta da ureia; nitrato de amônio é cotado em torno US$ 285,00 por tonelada CFR; fosfato monoamônico (MAP) gira em torno de US$ 730,00 a US$ 755,00 por tonelada. O superfosfato simples e o superfosfato triplo se mantêm estáveis, mas sob pressão, bem como cloreto de potássio (KCl), estável a US$ 370,00 por tonelada CFR Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.