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29/May/2025

Porto de Paranaguá: movimentação de caminhões

O Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá (PR) recebeu 181.651 caminhões entre janeiro e abril deste ano, o maior volume registrado para o período desde que a estrutura foi criada. Segundo nota da Portos do Paraná, a movimentação superou o recorde anterior de 175.280 caminhões, registrado no primeiro quadrimestre de 2020. A estrutura, voltada ao escoamento de granéis sólidos vegetais, concentrou embarques principalmente de soja em grão (5,5 milhões de toneladas) e farelo de soja (2,4 milhões de toneladas). Paraná e Mato Grosso foram os principais Estados de origem dessas cargas. A Portos do Paraná atribui o aumento à maior organização logística e ao sistema de agendamento obrigatório, que coordena a entrada dos veículos com horário e data definidos. A medida busca evitar congestionamentos na BR-277 e dar fluidez à operação portuária. Além das vantagens logísticas, há um rigoroso sistema de análise que garante aos clientes que os produtos chegarão em segurança e livres de materiais contaminantes.

A estrutura do pátio inclui fiscalização conjunta com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com análises visuais e laboratoriais feitas pela classificadora oficial BV, empresa auditada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR). A fiscalização é gerida pela Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP). Entre janeiro e abril, 1.850 veículos tiveram suas cargas recusadas por não atenderem aos padrões mínimos de qualidade exigidos para exportação, uma redução de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024, quando 2.613 caminhões tiveram cargas rejeitadas por não atenderem aos padrões mínimos de qualidade exigidos para exportação. As cargas recusadas foram compostas majoritariamente por soja em grão e farelo de soja, produtos que representam a maior parte da movimentação do pátio, cuja estrutura é voltada ao escoamento de granéis sólidos vegetais. O número não inclui outras modalidades de carga, como contêineres, líquidos ou açúcar. Os caminhões reprovados apresentam contaminações visuais ou índices fora dos padrões exigidos, como baixa taxa de proteína ou umidade elevada.

O controle é realizado por classificadores que coletam amostras diretamente dos veículos. Parte da análise é feita no local, enquanto a outra parte segue para laboratório credenciado. Quando as cargas não atendem aos requisitos mínimos de qualidade e ainda apresentam sinais de adulteração, a Portos do Paraná comunica as autoridades policiais e demais órgãos fiscalizadores. Desde 2024, motoristas de veículos com cargas rejeitadas precisam apresentar um comprovante de descarte em aterro autorizado para retornar ao sistema do porto. Nos primeiros quatro meses de 2025, 59 caminhões foram encaminhados para descarte obrigatório de produtos. O Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná (SIPOV/PR) alertou para os impactos caso uma carga adulterada consiga ser embarcada e o problema seja identificado posteriormente pelas controladoras. O carregamento seria interrompido, gerando custos e transtornos operacionais. Poderia haver comprometimento da qualidade do estoque do terminal e paralisação da operação de embarque, com grandes prejuízos envolvidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.