27/May/2025
Segundo o Itaú BBA, os preços dos principais fertilizantes continuam em alta em 2025, pressionando as relações de troca com os produtos agrícolas e reduzindo as margens dos agricultores. Até a primeira quinzena de maio, o cloreto de potássio (KCl) acumulava valorização de 24% no ano, atingindo US$ 365,00 por tonelada no porto brasileiro. No mesmo período, o MAP (Fosfato Monoamônico) alcançou US$ 717,5 por tonelada, enquanto a ureia, que havia subido 9% em abril, recuou 1,9% na parcial de maio. A atual alta nos preços dos fertilizantes está ocorrendo sem um crescimento correspondente nos preços dos produtos agrícolas.
A soja, o milho e o algodão mantêm cotações estáveis ou abaixo do início do ano, o que piora a relação de troca e aumenta o custo proporcional dos insumos. No caso dos fosfatados, os preços do MAP subiram 6,9% em abril e mais 2,5% em maio. A relação de troca com a soja, por exemplo, já se aproxima dos níveis observados durante a crise de abastecimento provocada pela guerra na Ucrânia, em 2022. Mesmo os demais macronutrientes, embora em níveis historicamente menos elevados, também registram trocas desfavoráveis para o produtor na maior parte das culturas. O atual cenário é resultado de uma combinação de demanda firme com oferta controlada.
A movimentação recente da China, que sinalizou o retorno das exportações de nitrogenados e fosfatados após atender à demanda interna de pré-plantio, pode trazer algum alívio à oferta global. No entanto, o banco não espera uma correção significativa de preços no curto prazo. A oferta adicional daria um certo alívio para o cenário atual, contudo, não se espera uma queda material nos preços. A depender do volume efetivamente exportado pela China, o movimento pode apenas limitar novos reajustes, sem reverter a tendência de custo elevado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.