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26/May/2025

Programa Solo Vivo vai recuperar áreas degradadas

Aliando ciência, tecnologia e compromisso com o desenvolvimento sustentável, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou no sábado (24/05), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo, em evento com a presenta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Mapa, Carlos Fávaro. A iniciativa é uma parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do estado de Mato Grosso (Fetagri-MT), responsável pela gestão do projeto, e com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que ficará a cargo dos estudos técnicos de análise e correção do solo. O investimento inicial é de R$ 42,8 milhões. O ministro Fávaro ressaltou a robustez e a eficiência do programa Solo Vivo. “É uma iniciativa cuidadosamente planejada. Nosso objetivo é recuperar áreas degradadas, fortalecer a agricultura e aumentar a competitividade dos nossos produtos. Esse trabalho terá um impacto na vida de muitas pessoas”, afirmou o ministro.

Um exemplo da robustez está na gestão operacional do Programa, que garante a eficiência no campo. Todo o processo começa com as análises de solo feitas pelo IFMT. A partir dos resultados laboratoriais, são identificadas as necessidades de cada propriedade e é feita a aplicação dos insumos necessários, principalmente calcário e fosfato. Todo o trabalho de correção do solo é acompanhado em tempo real por meio de uma plataforma digital de gestão, chamada Operation Center, que permite monitorar a localização das máquinas, as atividades em andamento e o desempenho de cada operação no campo. Isso garante total transparência e eficiência na execução das ações. A Fetagri-MT explica que o Solo Vivo nasce da necessidade de oferecer aos agricultores familiares condições para melhorar a produtividade e a qualidade dos alimentos produzidos. Os solos estão cansados, desgastados de tantos anos de uso sem o devido cuidado com a reposição de nutrientes.

O projeto vem para corrigir isso, recuperar essas terras e permitir que os agricultores produzam com mais qualidade e segurança. Nesta primeira etapa, cerca de 800 a 1.000 famílias serão atendidas, em propriedades com média de 10 a 15 hectares cada, dentro dos assentamentos. O projeto piloto em Mato Grosso contempla ações em 10 municípios: Alto Araguaia, Campo Verde, Poconé, Rosário Oeste, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia, Matupá, Juína, Pontes e Lacerda e São José dos Quatro Marcos. Inicialmente, as atividades começam pelos cinco primeiros: Campo Verde, Poconé, São José dos Quatro Marcos, São Félix do Araguaia e Juína. O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) é responsável por realizar os estudos técnicos, análises laboratoriais e orientar as práticas de correção do solo. A parceria com o Mapa fortalece o papel da extensão tecnológica no atendimento às demandas sociais e econômicas do Estado. O IFMT tem recebido apoio do Ministério da Agricultura para desenvolver atividades de extensão que, de fato, façam diferença na vida das pessoas que precisam do serviço público no Estado.

O Solo Vivo é um exemplo prático disso. Vai atuar diretamente no aumento da produtividade dos produtores dos assentamentos, gerando renda, emprego e ajudando a fixar o homem e a mulher no campo. O IFMT também reforça a importância da atuação do Instituto na iniciativa. A participação do Instituto Federal de Mato Grosso no Projeto Solo Vivo é motivo de grande orgulho e reflete o compromisso em aplicar a ciência e a tecnologia para o desenvolvimento de Mato Grosso. Nesta primeira etapa, fundamental para o sucesso do programa, as equipes formadas por professores, técnicos e um número expressivo de 43 estudantes bolsistas, sendo 22 do Ensino Médio Integrado, estão empenhadas em realizar um diagnóstico detalhado e preciso da fertilidade dos solos nos assentamentos rurais do Estado. Para isso, foi mobilizada a expertise presente em dez campi do IFMT, utilizando o inovador software SolIF e laboratórios que estão sendo estruturados com recursos do Mapa.

Este trabalho de coleta, análise e elaboração de laudos técnicos é a base para que o Ministério da Agricultura possa implementar as ações de correção e manejo do solo, fundamentais para transformar a realidade produtiva dos agricultores familiares. É o IFMT cumprindo sua missão, materializando o tripé da Educação Profissional e Tecnológica, com a extensão como linha de frente na transformação das realidades, indissociável da pesquisa que gera conhecimento e do ensino que forma cidadãos e profissionais qualificados. Além do trabalho de campo e laboratório, o IFMT também desenvolveu um curso online gratuito, “Metodologia Solo Vivo: Da Coleta de Amostras à Análise de Solo”, que já conta com mais de 180 inscritos. O curso, além de ser obrigatório para os bolsistas, também democratiza o acesso às metodologias aplicadas no projeto, ampliando o alcance da iniciativa. Outro diferencial do Solo Vivo é a formação de uma equipe altamente qualificada, composta por professores, pesquisadores e técnicos que atuam em grupos de pesquisa nas áreas de ciência do solo, sustentabilidade, sistemas agrícolas e geotecnologias.

Essa estrutura técnica garante rigor científico e qualidade nos diagnósticos e nas recomendações. O protagonismo estudantil também se destaca. Os estudantes estão envolvidos em todas as etapas do projeto, participando das coletas em campo, das análises em laboratório, do desenvolvimento de tecnologias e até da criação de soluções digitais, como o próprio SolIF, desenvolvido dentro do IFMT. O Programa Solo Vivo tem como foco a recuperação de áreas degradadas destinadas à agricultura familiar em Mato Grosso. A iniciativa busca melhorar a qualidade dos solos, aumentar a produtividade das lavouras, fortalecer a geração de renda e promover a permanência das famílias no campo. O programa é uma parceria do Ministério da Agricultura e Pecuária com a Fetagri-MT e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), contemplando 10 assentamentos em diferentes regiões do estado. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.