19/Nov/2025
Segundo o Itaú BBA, apesar da redução da demanda na União Europeia e da queda nos preços internacionais, os embarques brasileiros de suco de laranja para os Estados Unidos registram alta. Entre julho, início da safra 2025/2026, e outubro, foram exportadas 132 mil toneladas em equivalente FCOJ (suco de laranja concentrado congelado), um crescimento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. A eliminação da tarifa recíproca de 10%, anunciada pelo governo norte-americano, tende a sustentar ou até ampliar esse ritmo nos próximos meses. A ampliação dos embarques brasileiros era esperada diante da menor safra norte-americana no ano de 2024/2025, que se encerrou em 12 milhões de caixas de 40,8 Kg, uma queda de 33% na produção. A primeira estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2025/2026 do país ainda não foi divulgada por causa do recente shutdown que paralisou a publicação dos principais relatórios agrícolas.
Com o fim da paralisação, espera-se que os dados sejam divulgados nas próximas semanas. A produção na Flórida, principal Estado produtor de suco de laranja dos Estados Unidos, não deve apresentar crescimento expressivo, considerando fatores, como riscos recorrentes de furacões, alta incidência do greening e preços menos remuneradores, que desestimulam investimentos em renovação de área. No Brasil, as margens do produtor estão mais pressionadas em relação ao ano anterior. Em 2024, mesmo com produtividade reduzida, os preços médios eram significativamente superiores aos atuais no mercado spot, o que favorecia investimentos de longo prazo, como irrigação, aquisição de áreas e instalação de novos pomares. Com a queda nos preços e a consequente menor geração de caixa, espera-se uma desaceleração desses investimentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.