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17/Nov/2025

Cereja: praga em carga de produto vindo do Chile

O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, identificou a presença de uma praga quarentenária em uma carga de cerejas frescas importadas do Chile. O laudo das análises laboratoriais confirmou a ocorrência da praga Brevipalpus chilensis, conhecida como falso ácaro vermelho chileno. A equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) detectou o ácaro durante uma ação de rotina realizada no dia 6 de novembro. Amostras das frutas foram coletadas para análise detalhada na sala de inspeção. Após suspeita inicial, os ácaros foram enviados ao laboratório da rede oficial do Mapa para identificação da espécie.

A carga continha 1.120 quilos de cerejas frescas. Nos próximos dias, as cerejas serão fumigadas no aeroporto, como medida preventiva para reduzir o risco de introdução e disseminação de pragas, e, em seguida, serão destruídas. O procedimento segue a legislação vigente e tem como objetivo proteger a produção nacional agrícola de pragas ausentes que podem causar danos econômicos. O Brevipalpus chilensis é encontrado somente no Chile e na Argentina (Província de Rio Negro, ao norte da Patagônia). O ácaro ataca cerca de 40 plantas hospedeiras, incluindo frutíferas, ornamentais e florestais. Os principais hospedeiros são a uva, limão, laranja, kiwi e a cherimoia (fruta originária dos Andes, da família da fruta-do-conde), mas também pode ocorrer em figo e caqui.

De acordo com o Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa e a Embrapa, a cultura da uva possui duas pragas quarentenárias ausentes consideradas prioritárias para o Brasil, por representarem elevado risco fitossanitário. Uma delas é o falso ácaro vermelho chileno; a outra, a traça-da-uva (Lobesia botrana), também conhecida como traça-europeia-dos-cachos-da-videira. No Chile, o Brevipalpus chilensis é responsável por perdas de até 30% nos parreirais, com maior incidência durante os meses mais quentes do ano. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.