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31/Oct/2025

Cacau: queda nos preços de chocolates em 2026

Os consumidores que enfrentaram preços elevados de chocolate neste Halloween podem ter algum alívio em 2026. Após anos de forte alta nas cotações do cacau, empresas como Mondelez International e Hershey’s esperam um cenário mais favorável, com custos em queda e menor pressão para reajustar preços. Segundo a Mondelez, a tendência é positiva, mesmo que os preços do cacau ainda permaneçam acima da média histórica. A Hershey’s, por sua vez, revisou sua projeção de crescimento de receita líquida para 2025 de 2% para 3%, com expectativa de melhora nas margens. Apesar de as companhias ainda enfrentarem custos de cacau acima da média, a Hershey’s espera uma reversão dessa tendência a partir de 2026.

O chocolate foi um dos produtos alimentícios mais afetados pela inflação neste ano. Porém, o mercado futuro de cacau na Bolsa de Nova York recuou fortemente em 2025, caindo cerca de 48% desde o início do ano, para US$ 6.058,00 por tonelada, após atingir recordes acima de US$ 12.000,00 por tonelada em dezembro de 2024. Analistas atribuem essa correção à recuperação da produção global, com melhores condições climáticas em regiões como África Ocidental e Equador. Segundo a Organização Internacional do Cacau, (ICCO), o mercado deve passar de um déficit de quase 500 mil toneladas em 2024 para um superávit de cerca de 150 mil toneladas em 2025. O surgimento do fenômeno La Niña também tende a favorecer colheitas mais abundantes, embora aumente o risco de doenças nas plantações.

Se as condições permanecerem favoráveis, os futuros do cacau devem seguir em queda em 2026, segundo a Capital Economics. Como as fabricantes de chocolate compram cacau com até 12 meses de antecedência, a queda dos preços pode começar a se refletir nos preços do chocolate ao consumidor já no Halloween de 2026. Ainda assim, a Mondelez ponderou que, embora o cacau deva se tornar "deflacionário" no próximo ano, outros fatores, como tarifas e incertezas políticas nos Estados Unidos, podem afetar a confiança do consumidor e a demanda por chocolate. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.