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22/Oct/2025

HF: preços recuam no atacado no mês de setembro

De acordo com o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (21/10), os preços das hortaliças mais consumidas nos principais mercados atacadistas do País registraram queda em setembro. Alface, batata, cebola, cenoura e tomate ficaram mais baratos, quando comparados com os valores de agosto. A maior queda foi verificada para a alface, com redução de 16,01% na média ponderada das cotações, explicada pela boa oferta da folhosa nos mercados. A pesquisa considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) e as cinco frutas (laranja, banana, mamão, maçã e melancia) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Para a cebola, o movimento de queda nos preços manteve-se firme em setembro, dando continuidade à trajetória descendente iniciada em junho deste ano. No mês passado, o preço médio ponderado apresentou retração de 14,8%, com recuo registrado em todas as Ceasas analisadas no Boletim. O atual cenário de preços baixos é resultado direto de uma oferta abundante. O elevado volume de batata nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) também explica a nova queda nas cotações do produto, consolidando o quarto mês consecutivo de preços mais baixos. De acordo com a média ponderada das Ceasas, a redução em setembro foi de 10,4% em relação a agosto. No caso do tomate, o comportamento de queda de preços não foi unânime. Houve desvalorização de 37,88% nas cotações em Vitória (ES) e valorização de 46,91% em Goiânia (GO). Do lado da oferta, setembro registrou uma redução de 3,6%.

No entanto, essa queda, de baixa intensidade, não foi suficiente para fazer o preço subir na maioria das Ceasas. Com isso, na média ponderada os preços caíram 5,76%. No caso da cenoura, não houve tendência definida do movimento do preço nas Ceasas em setembro, e na média ponderada, as cotações desceram 4,71% em relação à média de agosto. Um dos fatores que pressionaram os preços em setembro foi a redução da oferta em Minas Gerais, principal produtor nacional. A queda na produção do Estado em relação a agosto pode provocar aumento da demanda por produtos de outras regiões, intensificando a pressão sobre os preços. Dentre as frutas analisadas, os preços da melancia mantiveram o comportamento registrado pelas hortaliças com queda na média ponderada de 10,29%. A redução foi registrada mesmo com a elevação da demanda causada pelas temperaturas elevadas diante da boa oferta da fruta nos mercados.

Para banana, laranja, maçã e mamão o movimento preponderante foi de alta. No caso da maçã, setembro foi marcado por oscilações na comercialização e leve alta de preços na média ponderada, em torno de 1,38%, impulsionada pelo aumento da demanda pelo produto no início do mês. Para o mercado da banana, as cotações subiram na média ponderada em 6,56%. A comercialização da fruta oscilou entre os entrepostos atacadistas analisados, puxadas pela maior produção da variedade prata explicada pelas temperaturas mais elevadas que provocaram o amadurecimento em praças baianas e mineiras. No mercado da banana-nanica a oferta se mostrou mais limitada nas principais praças produtoras, como as regiões do Vale do Ribeira (SP) e norte de Santa Catarina. Os preços da laranja também apresentaram tendência de alta em diversas Ceasas.

Na média ponderada, as cotações subiram 7,9%, mesmo diante do aumento da oferta da fruta, impulsionado pela intensificação da colheita em várias regiões produtoras. Em contrapartida, a demanda também cresceu, favorecida pela elevação das temperaturas, o que ajudou a equilibrar o aumento da oferta no varejo. A maior alta foi verificada para o mamão. No início do mês, a demanda esteve bastante aquecida, o que acabou por impulsionar as vendas de ambas as variedades de mamão, mesmo que os preços já estivessem em níveis elevados, num contexto em que a oferta já estava restrita e as frutas tivessem apresentado boa qualidade. No entanto, no segundo decêndio do mês, a oferta aumentou com a elevação das temperaturas (principalmente da variedade papaia), o que acabou por estabilizar as cotações e até mesmo provocar queda em algumas centrais de abastecimento. Mesmo com a queda registrada em parte do mês, na média mensal o fechamento apontou elevação na média ponderada de 12,72% em setembro em comparação com agosto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.