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17/Oct/2025

Frutas: setor resiliente frente ao tarifaço dos EUA

Dois meses após o início do tarifaço norte-americano, o agronegócio exportador de frutas mostrou fôlego e capacidade de adaptação. Mesmo com sobretaxas de até 50%, as exportações brasileiras de manga, uva e suco de laranja mantiveram ritmo firme, embora com margens menores. O saldo é de resiliência no volume, porém de rentabilidade pressionada e novos desafios à frente. A manga foi o destaque positivo. Favorecida pela saída antecipada da safra mexicana e pela qualidade da fruta, o Brasil ampliou embarques aos Estados Unidos e à Europa.

Grandes exportadoras, como a Special Fruit, mantiveram contratos e parcerias estratégicas, garantindo estabilidade e reforçando o protagonismo do Vale do São Francisco no fornecimento global. A uva enfrentou um dos momentos mais difíceis da década. O mercado norte-americano, destino das variedades candies, praticamente se fechou, e o setor reagiu redirecionando volumes para a Europa, Argentina e mercado interno. O esforço evitou queda significativa de preços, mas não compensou as perdas. As exportadoras agora focam em 2026, com diversificação e estímulo ao consumo doméstico.

Quanto ao suco de laranja, o cenário foi inverso: a isenção da sobretaxa de 40% manteve os embarques aos Estados Unidos, enquanto os derivados (óleos e farelo) seguem penalizados pela alíquota de 50%. O contraste reforça a importância de acordos bilaterais que garantam competitividade. Entre resiliência e prudência, o setor exportador entra em nova fase: menos euforia, mais estratégia. O futuro dependerá da inovação e da conquista de mercados em um ambiente de margens estreitas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.