17/Oct/2025
O Grupo Junqueira Rodas alertou que a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos tornaria inviável a exportação de suco de laranja brasileiro ao País, responsável por 41% das vendas externas do setor. O segmento já paga US$ 413,00 por tonelada para acessar o mercado norte-americano. Com o novo imposto, o custo chegaria a mais de 500 vezes esse valor, o que equivaleria a 72% ou 73% do preço do produto. Seria inviável manter os embarques. O Brasil detém 79% do mercado mundial de suco de laranja, com produção concentrada no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro (MG).
O setor gera cerca de 200 mil empregos diretos por ano e movimenta mais de US$ 3,3 bilhões em receita cambial. É uma cadeia 100% brasileira, com empresas familiares líderes globais, como Cutrale e Citrosuco. O Brasil superou os Estados Unidos como maior produtor mundial ao longo das últimas três décadas, com aumento de 200% na produtividade e uso de menos de 400 mil hectares. Graças à Embrapa e à evolução tecnológica, foram liberadas áreas para outras culturas sem perder competitividade. O problema é que os Estados Unidos continuam usando tarifas protecionistas mesmo tendo caído de 280 milhões de caixas de 40,8 Kg para 16 milhões de caixas de 40,8 Kg produzidas.
Apesar da exclusão do suco de laranja da nova lista de tarifas, a dependência do mercado norte-americano ainda preocupa. Os Estados Unidos não têm de onde importar, porque 80% da produção mundial é brasileira. Isso é favorável, mas não elimina o risco futuro. O Brasil precisa explorar novas oportunidades e fortalecer sua competitividade. Se souber fazer as perguntas certas e contar com a Embrapa, que hoje é referência mundial, o Brasil assumirá de vez a liderança da agricultura tropical. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.