24/Sep/2025

O Equador está a caminho de produzir mais de 650.000 toneladas métricas de cacau na próxima temporada (2025/2026) e pode ultrapassar Gana como o segundo maior produtor mundial. Segundo a Anecacao, associação de exportadores de cacau do país, graças ao aumento dos preços mundiais do cacau, os agricultores, apoiados pelos setores público e privado, estão investindo cada vez mais em seus lotes e obtendo maiores rendimentos. Os preços do cacau mais do que dobraram no ano passado, atingindo recordes acima de US$ 12.000,00 por tonelada, após colheitas fracassadas e doenças nos produtores da África Ocidental, Costa do Marfim e Gana, que fornecem cerca de metade do cacau do mundo.

Um aumento na produção na América do Sul, onde o Equador é o principal produtor, ajudou a preencher a lacuna no fornecimento, e os preços caíram cerca de um terço este ano. No entanto, eles permanecem em níveis historicamente elevados. Os agricultores do Equador recebem cerca de 90% do preço mundial, enquanto na Costa do Marfim e em Gana, por outro lado, os agricultores recebem cerca de 60%-70% do preço mundial, na melhor das hipóteses. A produção do Equador tem apresentado um crescimento constante. Já a produção de Gana tem sido volátil. Gana, que está lutando contra a mineração ilegal de ouro em fazendas de cacau e lidando para controlar a disseminação de doença na lavoura, produzirá 600.000 toneladas de cacau em 2025/2026.

O cacau no Equador é cultivado em sistemas agroflorestais que apoiam a biodiversidade e são cruciais para evitar a disseminação de doenças comuns na agricultura de monocultura, como visto na África Ocidental. Esses sistemas incluem o cultivo de cacau junto com árvores de sombra, plátanos, café e árvores frutíferas. As fazendas de cacau no Equador estão produzindo atualmente 800 Kg por hectare. O país produziu mais de 570.000 toneladas na temporada 2024/2025 e espera atingir 800.000 toneladas até o final da década. A produtividade média de cacau nos países da África Ocidental, incluindo Gana, é de pouco menos de 500 Kg por hectare. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.