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12/Sep/2025

Frutas: impactos das tarifas dos EUA na exportação

Segundo o Itaú BBA, as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros afetam diretamente as exportações brasileiras de manga e uva nas janelas de embarque do segundo semestre. As uvas, colhidas entre outubro e dezembro, devem ser redirecionadas com relativa facilidade para mercados como a Europa. A manga, embarcada entre setembro e outubro, enfrenta mais dificuldades. A preferência europeia é pela variedade Palmer, enquanto o Brasil envia majoritariamente a Tommy para os Estados Unidos. As consequências esperadas são redução das margens, risco de aumento da oferta no mercado interno e pressão sobre os preços domésticos. Como resposta, os produtores de manga estudam diluir a colheita e, no longo prazo, substituir gradualmente a variedade Tommy pela Palmer. Apesar da pressão, a balança comercial de frutas seguiu positiva até agosto. As exportações somaram US$ 631,5 milhões, alta de 13% ante igual período de 2024, enquanto as importações recuaram 10%, para US$ 415 milhões.

A manga lidera a pauta exportadora, seguida por limões/lima e melões. O desempenho, porém, foi desigual: as exportações de manga renderam US$ 154,7 milhões, queda de 13% no valor, mas com avanço de 18% em volume, reflexo da queda de 26% no preço médio. Limões e limas cresceram 3% em receita (US$ 141,9 milhões) e 20% em volume. Melões avançaram 20% em valor e 19% em volume. Do lado das importações, maçãs, peras e kiwis concentram as compras externas, principalmente da Argentina (39%), Chile, Itália, Portugal e Espanha. As importações de maçãs caíram 19% em valor (US$ 126,5 milhões), enquanto peras recuaram 7% e kiwis 5%. O desempenho dos embarques em setembro e outubro será decisivo para orientar os ajustes da safra 2026. A capacidade de redirecionar mercados, ajustar manejo e diversificar variedades, no caso da manga, será fundamental para preservar margens e evitar excesso de oferta doméstica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.