10/Sep/2025
Segundo o Itaú BBA, o Brasil deverá continuar como protagonista nas importações norte-americanas de suco de laranja, considerando que a produção norte-americana se mantém em níveis historicamente baixos e a qualidade do suco brasileiro aumenta. A exportação brasileira de suco de laranja pode superar o resultado da última safra, levando em conta a maior produção no Brasil e uma melhor qualidade de suco e o declínio da produção nos Estados Unidos, aliado ao aumento dos preços do suco no mercado norte-americano diante da escassez de oferta.
No entanto, as tarifas adicionais de 10% ainda incidentes podem ser um fator limitante se os preços do suco voltarem aos níveis mais elevados. Nos Estados Unidos, a citricultura está pressionada por uma queda estrutural da área produtiva, principalmente pela retração na Flórida, principal Estado fornecedor de suco. Mesmo que 3 mil hectares tenham sido plantados no Estado, o movimento não compensa a queda de 30 mil hectares produtivos. Sendo assim, o Brasil deve manter o protagonismo como fornecedor ao mercado americano de suco na próxima safra. A primeira estimativa da safra 2025/2026 nos Estados Unidos deve ser divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em 9 de outubro.
Em contrapartida, os preços da laranja no mercado brasileiro voltam a subir, ao mesmo tempo em que indústria está mais exigente com relação a qualidade das frutas e a entrada dos frutos de meia estação. O avanço nos preços está relacionado à maior demanda das indústrias processadoras, que voltaram a retomar os contratos para a safra 2025/2026 com mais intensidade, além do que, muitas têm exigido uma fruta com uma qualidade alta em termos de ratio (acima de 13 graus brix, ou seja, uma laranja um pouco mais doce para suco). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.