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27/Aug/2025

Cacau: preços globais registram recuo em agosto

Segundo o Commerzbank, os preços do cacau vêm recuando, apesar da desaceleração das vendas da Costa do Marfim. A fraqueza provavelmente se deve a preocupações com a demanda, desencadeadas por números fracos de moagem de cacau na Europa, Ásia e América do Norte no segundo trimestre. Além disso, as tarifas de importação dos Estados Unidos sobre diversos países produtores de cacau, variando de 10% a 15%, podem pesar ainda mais sobre a demanda norte-americana. Na Bolsa de Nova York, as cotações caíram abaixo de US$ 7.500,00 por tonelada, aproximando-se do menor nível do ano, registrado em julho, antes de uma leve recuperação com o enfraquecimento do dólar.

Em Londres, o contrato recuou para 5.270 libras por tonelada. Assim, os preços caíram de forma significativa em relação às máximas de cerca de três meses atrás, de US$ 11.280,00 e 7.860,00 libras por tonelada, respectivamente. Além disso, o mercado ficou "no escuro" com a ausência de informações sobre o ano-safra de 2024/2025, que vai até o fim de setembro, uma vez que a Organização Internacional do Cacau não publicou novas previsões devido a uma revisão de sua metodologia. Por isso, o próximo relatório trimestral, previsto para o fim desta semana, é aguardado com expectativa. Diante disso, as chegadas de cacau da Costa do Marfim, principal produtor global, aos portos dão pistas sobre uma oferta enfraquecida.

Os embarques desde o início do ano-safra, até 24 de agosto, somaram pouco menos de 1,8 milhão de toneladas, apenas 6% acima do nível de igual período do ano passado. Com base na estimativa de exportadores, os embarques acumulados caíram 1,9% em relação ao ano anterior, para 1,66 milhão de toneladas. Desde o início da safra intermediária, em abril, os embarques estão, na verdade, 30% abaixo do nível do ano passado, indicando uma safra fraca. As esperanças de uma colheita melhor e da reposição urgentemente necessária dos estoques, que caíram drasticamente devido ao déficit recorde de oferta no último ano-safra, provavelmente terão de ser adiadas até a próxima temporada, que começa em outubro. Isso pode limitar as perdas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.