22/Aug/2025
Em Tomé-Açu, no nordeste do Pará, produtores de pimenta-do-reino viram suas receitas encolherem após o anúncio do tarifaço de 50% dos Estados Unidos sobre produtos importados brasileiros. Eles não exportam pimenta-do-reino para o mercado norte-americano, mas foram afetados indiretamente pela queda do preço do produto brasileiro no mercado nacional, segundo a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta). Agora, há uma defasagem de US$ 1.000,00 por tonelada em relação à pimenta-do-reino do Vietnã. Hoje, o condimento é exportado para os Estados Unidos pelos produtores do Espírito Santo.
Mas, no Pará, os produtores sentiram o impacto da queda de preço. A pimenta-do-reino era negociada em torno de US$ 6.500 por tonelada e caiu para US$ 5.500 por tonelada. O produtor que não precisa da renda imediatamente vai estocar nos armazéns da cooperativa. O condimento pode permanecer até dois anos em estoque. A safra de pimenta-do-reino na região está em plena colheita. A Camta exporta em média de 300 a 400 toneladas de pimenta-do-reino por ano.
O principal destino é a Argentina, para onde são embarcadas cerca de 200 toneladas por ano dada a produção local de embutidos. Outros mercados consumidores são Europa, Japão e México. A ideia é elevar o preço para venda ao mercado asiático e europeu. Esse produto terá que ser canalizado também para mercados como China e Índia, possíveis novos clientes. A Camta, que possui 160 produtores cooperados, faturou R$ 124 milhões em 2024, com comercialização de açaí, dendê, óleos vegetais e polpa de frutas locais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.