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08/Aug/2025

Frutas: missão na China visa produtos da Amazônia

Em missão oficial à China, o ministro da Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, irá defender a abertura do mercado asiático para produtos da Amazônia atingidos pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entrou em vigor na quarta-feira (06/08), a taxa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Aviões da Embraer, petróleo e suco de laranja ficaram de fora, enquanto carne, pescados e café foram taxados. Na Região Norte do País e em parte da Região Nordeste, onde estão os Estados da Amazônia Legal, há preocupação com produtos como manga, açaí e peixes, que foram taxados pelos Estados Unidos. O setor aponta prejuízos. O governo federal e alguns governos estaduais, como o do Ceará, estudam comprar esses produtos e distribuir na merenda escolar, em hospitais e em programas de alimentação da população mais pobre. Há, porém, incertezas sobre o futuro das vendas nos Estados Unidos e a inserção em outros países.

Em carta ao vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, Góes, que foi governador do Amapá, pediu apoio para a abertura dos mercados na China, para onde embarcou nesta quinta-feira (07/08). Waldez Góes se reuniu com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, na terça-feira (05/08), e falou sobre o assunto. Corre-se o risco, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19, de ampliar ainda mais as desigualdades regionais, com o aprofundamento dos desequilíbrios e aumento concentrado da insegurança alimentar. Destaques como cacau e açaí serão diretamente afetados pelas alíquotas adicionais, gerando riscos de desemprego e fechamento de negócios, visto que os exportadores do Amapá já deixaram de enviar produtos devido à alta tarifa. Em novembro, Brasil e China assinaram um acordo para criação de uma nova rota marítima entre os países, ligando Zhuhai, na província de Guangdong, na China, a Santana, no Amapá.

Para que essa rota possa ter sustentabilidade e efetivamente contribua para fortalecer relações comerciais entre os dois países, ao reduzir o tempo de viagem para cerca de 30 dias, é relevante que se identifique produtos brasileiros, em especial da bioeconomia da Amazônia, que possam ser comercializados no mercado chinês. O Ministério do Desenvolvimento Regional divulgou nota afirmando que a viagem do ministro tem por objetivo o fortalecimento da cooperação bilateral nas áreas de desenvolvimento regional, infraestrutura, prevenção de desastres e a ampliação das relações comerciais entre Brasil e China, com ênfase na região amazônica. A visita ocorre em um momento de retomada do protagonismo internacional do Brasil e consolida os laços de 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. A agenda prevê reuniões com autoridades do governo chinês, visitas técnicas e a assinatura de acordos de cooperação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.