01/Aug/2025
O setor de tabaco no Brasil recebeu com grande preocupação a aplicação da tarifa de 50% sobre o produto brasileiro exportado aos Estados Unidos. Para o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), a expectativa inicial era de que houvesse uma negociação ou prorrogação do prazo, o que não ocorreu. A manutenção da tarifa cria uma situação bastante complexa e a competitividade do produto brasileiro no mercado norte-americano fica ameaçada. Pode-se esperar, como consequência, uma redução drástica nos volumes exportados aos clientes norte-americanos.
No entanto, não há nenhuma previsão de demissões. O tabaco que já foi contratado junto aos produtores por meio do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) vai ser adquirido normalmente pelas empresas integradoras conforme regra dos contratos de integração. Como as empresas associadas ao SindiTabaco trabalham com o sistema integrado, há essa garantia e segurança para o produtor quanto à aquisição do volume já contratado. Segundo o SindiTabaco, a exportação de tabaco do Brasil aos Estados Unidos corresponde a 9% do total dos embarques. Entre janeiro e junho, o Brasil exportou 19 mil toneladas para os Estados Unidos, gerando US$ 129 milhões em receita.
No acumulado de 2024, foram 39,8 mil toneladas e US$ 255 milhões. Os Estados Unidos são o terceiro maior importador de tabaco do Brasil. Da safra 2025/2026 já contratada junto aos produtores, cerca de 40 mil toneladas faziam parte da previsão de negócios com os Estados Unidos. Se não for possível realocar esse volume de forma imediata para outros mercados, ele ficará estocado no Brasil. No entanto, há a expectativa de, nos próximos meses, redirecionar o montante que seria exportado aos Estados Unidos para outros destinos, pois o setor exporta para mais de 100 países. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.