27/May/2025
Segundo o Itaú BBA, com a expectativa de aumento na oferta, os preços do suco de laranja continuam pressionados no mercado internacional. Na Bolsa de Nova York, as cotações futuras do suco concentrado de laranja congelado (FCOJ) em abril registraram queda de 18% em relação ao mês anterior. Em maio, apesar da pressão após a divulgação do Fundecitrus, os preços voltaram a subir, fechando a média parcial do mês praticamente estáveis frente a abril, a 266,00 centavos de dólar por libra-peso, retornando aos níveis de 2023. No dia 9 de maio, o Fundecitrus apresentou a primeira estimativa para a safra 2025/2026 de laranjas do cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste Mineiro, projetando produção de 314,6 milhões de caixas de 40,8 Kg.
O aumento expressivo da produção, de 36,2% em relação à safra anterior, encerrada com 231 milhões de caixas de 40,8 Kg, superou as expectativas do mercado, sendo 4,8% acima da média da última década. A nova safra traz expectativa de recuperação dos estoques, que estão nos menores níveis históricos. Com um volume colhido superior, o estoque em poder da indústria na próxima safra (2025/2026) deve ser maior, o que pode manter os preços abaixo das médias observadas em 2024. No entanto, a demanda pode responder positivamente com a melhora da qualidade do suco e menores preços. De acordo com o inventário de árvores do Fundecitrus, a área de pomares de laranja em formação registrou redução significativa, de aproximadamente 10 mil hectares (-23%) em relação ao último inventário publicado em 2022.
No geral, observou-se um aumento de quase 6 mil hectares na área de plantas jovens no Triângulo Mineiro e no noroeste de São Paulo, em regiões como Votuporanga e São José do Rio Preto. Em contrapartida, regiões como Limeira, Duartina e Avaré registraram uma queda conjunta de 15.490 hectares. O perfil migratório evidencia um abandono de áreas mais suscetíveis à incidência do greening, em favor de regiões onde a doença está mais controlada. A estimativa do Fundecitrus é de que cerca de 35 milhões de caixas de 40,8 Kg deixarão de ser colhidas por conta da doença. Além da migração dentro do cinturão citrícola, há um movimento crescente de investimentos em regiões não tradicionais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.