13/May/2025
A Grano Alimentos, líder no segmento de vegetais congelados, projeta crescer 10% em faturamento este ano, a R$ 350 milhões. Para sustentar a expansão após as perdas de 2024 devido às enchentes no Rio Grande do Sul, a Grano obteve R$ 24,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), recursos que servirão para recompor estoques e reforçar o caixa. Também foram realocadas dívidas para prazos mais longos. Nas cheias em Esteio, a empresa perdeu 20% dos estoques, ou mais de R$ 10 milhões. Mas não deixou de atender seus clientes.
Hoje, mesmo operando ainda com 60% da capacidade instalada, a empresa aposta no crescimento das vendas para o food service e na linha de congelados prontos para uso, como alho e abóbora. Controlada desde 2015 pelo fundo norte-americano Arlon Group, ligado à Continental Grain e ao Rabobank, a Grano, com sede em Serafina Corrêa (RS), é sondada com frequência por investidores. A empresa afasta a possibilidade de IPO ou de novas captações, afirmando que a prioridade é rentabilizar a operação com ganho de escala e margens ajustadas. Brasil antes, exportação depois.
A Grano Alimentos obteve a certificação BRCGS e, com isso, habilitou-se a exportar para Estados Unidos, Europa e Japão. A empresa ainda não exporta, mas a certificação é o carimbo que viabiliza a operação. A empresa conta com 120 produtores familiares parceiros, produz cerca de 30 mil toneladas de vegetais congelados por ano e tem 120 produtos no portfólio, com destaque para brócolis e couve-flor, que somam 70% da matéria-prima. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.