22/Apr/2025
Segundo a Associação Europeia do Cacau (ECA), o processamento de cacau na Europa totalizou 353.522 toneladas no primeiro trimestre de 2025. O volume representa queda de 3,7% ante igual período do ano passado, quando somou 367.287 toneladas. As estatísticas de moagem são usadas como um indicativo da demanda por cacau, sendo a Europa um dos maiores mercados mundiais para o produto. A ECA é uma associação comercial que reúne as principais empresas envolvidas no comércio de grãos e no processamento, armazenamento e outras atividades logísticas na Europa. Os contratos futuros de cacau recuam quase 32% na comparação anual, embora os preços permaneçam historicamente elevados. Preocupações com o clima e doenças nas lavouras nos principais produtores, Costa do Marfim e Gana, fizeram com que o cacau se recuperasse significativamente em 2024, de US$ 4.200,00 por tonelada no início do ano para uma máxima histórica de US$ 12.931,00 por tonelada em meados de dezembro.
A Organização Internacional do Cacau (ICO) afirmou em seu mais recente relatório que, apesar das melhorias na oferta, havia pessimismo em março em relação à safra intermediária da Costa do Marfim, já que mais chuvas eram necessárias na época. No entanto, a expectativa é que outros países consigam compensar as perdas. Os preços, portanto, não reagiram significativamente. Analistas da BMI elevaram as expectativas para os futuros do cacau em 2025 para uma média de US$ 8.500,00 por tonelada, ante US$ 7.600,00 por tonelada afirmando que as preocupações com a colheita permanecem, apesar das expectativas de melhora na produção da África Ocidental em relação ao ano anterior. Dito isso, a organização espera que as pressões de baixa associadas à demanda prevaleçam nos próximos meses, também em virtude da ameaça de tarifas dos Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.