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07/Apr/2025

Frutas: tarifas dos EUA preocupam exportadores

Incertezas sobre a efetividade das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preocupam agentes do setor hortifrutícola brasileiro. O fato de as frutas ficarem “mais caras” para entrar nos Estados Unidos pode comprometer o pequeno comércio que hoje o Brasil tem com os norte-americanos, principalmente de uva e manga. Outra preocupação está atrelada à necessidade de uma reorganização dos envios dos principais concorrentes do País. O México, por exemplo, pode direcionar grande parte das vendas que seriam aos Estados Unidos para a União Europeia.

Com isso, haveria uma pressão maior de frutas no bloco europeu, elevando a concorrência entre os fornecedores de frutas. Assim, é preciso avaliar se os concorrentes do Brasil que são importantes fornecedores de frutas nos Estados Unidos estão sendo taxados com maiores percentagens. Chile e Peru, por exemplo, também foram tarifados com 10%, e África do Sul, com 30%. Se houver taxas de importação já acordadas antes do tarifaço de 2 de abril, vão se somar à essa nova tarifa.

Apesar de não mencionar o México na lista divulgada no dia 2 de abril, grande fornecedor de frutas para os Estados Unidos, tudo indica que prevalece o anúncio anterior dos 25%, mas faltam informações de como funcionará especificamente para as frutas. De acordo com dados do Comex Stat, do total de manga exportado pelo Brasil em 2024, de 258 mil toneladas, 14% tiveram como destino os Estados Unidos; do montante de uva, de 59 mil toneladas, foram 23%. Das exportações brasileiras totais de frutas de mesa, apenas 6% ou 63 mil toneladas foram enviadas aos norte-americanos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.