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18/Mar/2025

Frutas: ações do programa da mosca-da-carambola

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na sexta-feira (14/03), a Portaria Mapa nº 776/2025, que estabelece procedimentos para vigilância, contenção, supressão e erradicação da praga quarentenária Bactrocera carambolae, conhecida como mosca-da-carambola. Tendo em vista as novas tecnologias e a atual distribuição da mosca da carambola no Brasil houve necessidade de atualização deste Programa, visando preservar a segurança fitossanitária do País, aumentando a participação dos estados e dos produtores no controle desta praga. Ao longo dos últimos anos, os focos de B. carambolae encontram-se prioritariamente em áreas urbanas e periurbanas e não mais em áreas de cultivos comerciais.

Contudo, nos Estados da Federação com ocorrência da mosca, todo e qualquer fruto de hospedeiros está impossibilitado de ser comercializado para outras áreas sem a ocorrência, gerando um grande desestimulo a toda cadeia produtiva em atuar conjuntamente com os órgãos de defesa vegetal no seu combate. Com o avanço da legislação, a atuação nas áreas com a ocorrência da praga será ampliada, visando diminuir o risco de dispersão para as áreas sem a ocorrência da mosca da carambola. A Portaria nº 776 específica as ações obrigatórias para inspeção, controle e erradicação da praga, incluindo armadilhas e tratamentos fitossanitários, além de definir as responsabilidades dos órgãos competentes na fiscalização e as sanções em caso de descumprimento, ressaltando que as medidas descritas na nova Portaria não são automáticas e necessitam de aprovação prévia do Mapa para sua efetivação.

A Bactrocera carambolae é uma mosca-das-frutas da família Tephritidae, considerada praga quarentenária presente no Brasil. Os adultos medem entre 7 e 8 mm, possuem tórax negro e abdome amarelado com listras negras em "T". As fêmeas depositam ovos sob a casca dos frutos, e as larvas se alimentam da polpa, causando perdas na produção. Originária do Sudeste Asiático, foi detectada no Brasil em 1996, no Amapá, e afeta culturas como carambola, goiaba e manga. A classificação como praga quarentenária presente indica que a praga está restrita a algumas regiões do Brasil e é oficialmente controlada para evitar sua disseminação e os impactos econômicos associados. A praga está presente nos estados do Amapá, Roraima e Pará. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.