12/Mar/2025
Os preços do cacau recuaram para os menores níveis em quatro meses nas últimas sessões, operando abaixo de US$ 8.000,00 por tonelada na Bolsa de Nova York e por volta de 6.200 libras por tonelada em Londres (ICE Futures Europe). A pressão sobre as cotações ocorre desde o fim de fevereiro, quando a Organização Internacional do Cacau (ICCO) previu um superávit de oferta de 142 mil toneladas para o ano comercial 2024/2025. A Costa do Marfim, maior produtor global de cacau, é um dos destaques do cenário baixista. A semana passada trouxe chuvas abundantes na região, o que, combinado com horas suficientes de sol, deve melhorar as perspectivas para a safra intermediária, que começa no fim deste mês.
A ICCO estima uma safra total para o país africano de 1,85 milhão de toneladas, o que representaria um aumento de 10,5% ante o ano anterior. Além disso, segundo estimativas de exportadores, as chegadas de cacau nos portos do país desde o início da safra, em outubro, até o dia 9 de março foram de 1,4 milhão de toneladas, aumento de quase 15% ante igual período do ano passado. segundo a Reuters, produtores de cacau de várias regiões da Costa do Marfim esperam uma safra intermediária maior e mais longa, com grãos de boa qualidade, em virtude das favoráveis condições climáticas.
Para que isso aconteça, no entanto, as chuvas precisam continuar até abril. A safra intermediária representa cerca de um quarto da produção total, enquanto a safra principal, que já está quase concluída, representa cerca de três quartos. A safra principal já foi significativamente melhor do que a do ano passado, que foi afetada pela seca. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.