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27/Feb/2025

Preços de verduras disparam e pressionam inflação

Depois da carne e do café, o novo foco da inflação está nos produtos vendidos em feiras livres. Os preços das verduras, que recuaram na primeira semana de fevereiro em relação ao mesmo período do mês anterior, voltaram a subir com força na segunda e terceira semanas deste mês, saindo da deflação para a inflação. Os ovos continuaram a trajetória de alta. O aumento nos preços tem relação com o clima. As chuvas pesadas de duas semanas atrás inundaram as lavouras do cinturão verde de São Paulo, provocaram perda na produção e agora estão impactando os preços ao consumidor.

Entre as verduras, a grande vilã é a alface. O preço da hortaliça tinha recuado 8,79% na primeira semana de fevereiro, segundo pesquisa semanal de preços da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mas subiu 5,95% na semana seguinte e teve alta de 18,48% na terceira semana deste mês. O brócolis, com altas de 4,33%, 5,93% e 12,78% na primeira, na segunda e na terceira semana de fevereiro, respectivamente, contribuiu para a mudança de cenário. As verduras em geral, que tinham ficado 5,15% mais baratas na primeira semana de fevereiro, registraram alta de 5,7% na segunda e fecharam a terceira com aumento de 12,11%.

Uma caixa com 20 pés de alface que, em épocas normais, saía por R$ 25,00 hoje está custando R$ 60,00. O Sindicato Rural de Mogi das Cruzes (SP) calcula que, em média, as perdas foram de 50% na produção de verduras na região de atuação do sindicato, que reúne cerca de 250 produtores. Quem não perdeu antecipou a colheita de pés de alface menores e com preços elevados. De fato, as altas de preços passam de 100%. A região de Mogi das Cruzes responde por cerca de 10% a 15% do abastecimento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp).

No caso dos ovos, as cotações tiveram um repique. Depois de subir 3,08% na primeira semana de fevereiro, aumentaram 11,96% na segunda semana e registraram alta de 24,32% na terceira semana deste mês. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a alta registrada no preço dos ovos é uma situação sazonal, comum ao período pré e durante a Quaresma. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.