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05/Feb/2025

Cacau: Brasil sugere à África a formação de grupo

A Agência de Promoção de Exportações e investimentos (ApexBrasil) propôs ao presidente de Gana, John Mahama, e a autoridades da Costa do Marfim a formação de um grupo dos cinco maiores produtores mundiais de cacau (Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Equador e Brasil) com o objetivo de melhorar a remuneração dos produtores. A ideia foi defendida durante encontros de alto nível da missão África Ocidental, promovida pelo Itamaraty, com o apoio da ApexBrasil e do Ministério da Agricultura e Pecuária, que passou pela Nigéria, Gana e Costa do Marfim e ainda vai ao Senegal. Gana é o segundo maior produtor mundial de cacau e uma referência de qualidade na produção.

Junto com a Costa do Marfim, representa 60% da oferta mundial de cacau, mas esses países juntos ficam com apenas 6% da renda do setor. Uma organização dos cinco maiores produtores pode ajudar a aumentar a renda daqueles que estão na base da cadeia de produção. Na Costa do Marfim, a ApexBrasil reforçou a necessidade de cooperação em torno do cacau. Não se trata de antagonismo com os que industrializam o cacau, mas ter uma melhor remuneração para os países que produzem cacau. E certamente isso vai melhorar a vida dos produtores, dos agricultores que produzem cacau. A produção brasileira de cacau, que havia atingido 400 mil toneladas, recuou para 50 mil toneladas, mas já retornou ao nível de 300 mil toneladas, razão pela qual o País deve avançar no ranking dos grandes produtores.

Pela tecnologia desenvolvida, a expectativa é de que, em algumas décadas, o Brasil vai estar entre os três maiores produtores de cacau do mundo. Mas, O brasil quer fazer isso junto com a África, transferindo tecnologia, melhorando também a qualidade do cacau produzido, e fazendo o processamento do produto. O Brasil é atualmente o sexto maior produtor mundial de cacau e ocupa uma posição única por ser um grande produtor que tem grande representatividade em toda a cadeia de valor, sendo exportador de derivados de cacau e chocolate. No País, mais de 90% da produção está localizada no Pará e na Bahia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.