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23/Jan/2025

Uva: RS deve elevar produção na safra 2024/2025

Segundo a Emater-RS, a safra de uva 2024/2025 da Serra Gaúcha (RS) deve ser de 860 mil toneladas, 55% maior em relação à safra 2023/2024 e 5% superior à expectativa de uma safra "normal". O cálculo engloba toda a fruta com propósito comercial, ou seja, para transformação industrial (745.000 toneladas) ou doméstica (15.000 toneladas), e a para consumo in natura (100.000 toneladas). O levantamento considerou 55 municípios (49 que compõem a região de Caxias do Sul e outros 6 das regiões de Lajeado e de Passo Fundo).

Com os desastres naturais históricos que marcaram o ano de 2024, especialmente o excesso de chuvas no outono e inverno, que mantiveram o solo saturado de água por quatro meses, era de se esperar uma safra com sérias deficiências. Surpreendentemente houve uma ótima brotação (número e vigor das gemas); fertilidade (número de cachos/broto) dentro da média e tamanho/peso dos cachos acima da média. A colheita da variedade mais cultivada na região, a Bordô, que deveria ocorrer em fevereiro, foi antecipada em 20 dias. As cultivares superprecoces e precoces apresentaram ótima sanidade das bagas, coloração e teor de açúcar.

Mantendo-se as condições climáticas semelhantes às atuais, as variedades de ciclo médio e as tardias (Cabernet Sauvignon, Moscatos, Isabella) deverão apresentar a mesma qualidade. Contribuíram para o desempenho da safra o acúmulo de horas de frio, embora mal distribuído, um pouco acima da média histórica; a alternância fisiológica; a ausência de geadas tardias; e as condições climáticas do período de setembro a dezembro (frequente ocorrência de baixas temperaturas noturnas, e temperaturas máximas diurnas, abaixo das médias para a época do ano), que favoreceram o florescimento, o desenvolvimento e a maturação das bagas, bem como a sanidade da cultura, reduzindo as intervenções fitossanitárias.

Destaque para a importância de outra prática que vem sendo trabalhada pela Emater-RS: o uso de planta de cobertura do solo. É a prática cultural de maior adesão e efeitos a médio e longo prazo, reduzindo o uso de herbicidas e fertilizantes, as perdas de solo, nutrientes e água. A cada ano que passa, o manejo imprimido aos pomares vem sendo aperfeiçoado, refletindo-se em aumento da produtividade ou, como nessa safra, na redução das perdas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.