29/Oct/2024
Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil enviou 128 clones de uma variedade de cacaueiro desenvolvida para ser resistente à doença monilíase, uma das mais sérias que atingem essa lavoura, para o Equador e Costa Rica. As regiões são consideradas de alta severidade do fungo Moniliophtore roreri, parasita responsável pela doença, ideais para testar a resistência dos clones. A pesquisa vem sendo elaborada ao longo dos últimos 15 anos, como parte de uma estratégia de prevenção da cadeia produtiva no Brasil.
A monilíase ocorre em todos os países produtores da América Latina, mas ainda está ausente nas principais regiões produtoras de cacau no País, nos estados da Bahia, Pará, Rondônia e Espírito Santo. O programa é encabeçado pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), em parceria com o Instituto Nacional de Investigações Agropecuárias do Equador (Iniap) e o Centro Agronômico de Investigação Tropical e Ensino da Costa Rica (Catie).
Desde 2005, o Ministério da Agricultura vem realizando estudos sobre o conhecimento da genômica do fungo e da capacidade do mesmo em se adaptar às medidas de controle; desenvolvimento de kits genômicos (similares aos da Covid) para a detecção rápida e acurada da doença, caso haja suspeita de chegada da mesma a novas áreas de cacau; testes de agentes de controle biológico; obtenção de informações de medidas de controle testadas e bem sucedidas em outros países e, por fim, o desenvolvimento de variedades resistentes (melhoramento preventivo). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.