28/May/2024
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reiniciou na semana passada as ações de controle da fusariose da bananeira raça 4 tropical (Foc R4T) no estado de São Paulo. O monitoramento vem ocorrendo desde o final de 2018, quando o primeiro alerta de risco de introdução da doença no Brasil foi dado. O País ainda não tem casos dessa praga quarentenária, mas ela já foi encontrada na Colômbia em 2019, no Peru em 2021 e na Venezuela no ano passado.
Foram visitadas oito propriedades com coleta de quatro amostras. Na região de Taubaté, as visitas foram em São Bento do Sapucaí e Ubatuba; na região de São João da Boa Vista, em propriedades de Aguaí e Santo Antônio do Jardim; em Campinas, em duas propriedades. Essas foram as primeiras coletas de 2024. No ano passado, 143 propriedades de 66 municípios foram visitadas, com coleta de 110 amostras. Todas deram negativo no exame laboratorial. O Brasil continua com o status de área livre para essa praga.
Para se ter uma ideia da gravidade da fusariose raça 4 tropical, a praga atinge a planta através do solo infectado, mudas contaminadas e implementos agrícolas e instrumentos de poda infectados. Ao penetrar na planta, a praga entope os vasos que conduzem a seiva, impedindo o movimento de nutrientes e água. Como consequência, a planta seca, amarelece e morre. O fungo permanece no solo por mais de 40 anos, tornando inviável a continuação da cultura na área.
Ainda não existe controle químico que possa combater a doença, nem variedades resistentes a ela no Brasil e no mundo. A única forma de evitar prejuízos é a prevenção. O trabalho de controle é feito em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado de São Paulo. Em 2021, o Mapa publicou um e-book com informações sobre a doença. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.