22/Apr/2024
Embora seja o maior exportador de suco de laranja do mundo, o Brasil importa parte do volume de fruta in natura que consome. Das 27 mil toneladas que importou no ano passado, 11,8 mil saíram do Egito, o principal fornecedor do País. E o interesse do Brasil pela fruta egípcia segue crescente. De janeiro a março deste ano, o Brasil importou 12 mil toneladas de laranja do Egito, volume superior ao de todo o ano passado. Na semana passada, durante a Fruit Attraction, a maior feira do mundo dedicada a negócios ligados à fruticultura, em São Paulo, as empresas Sadat Agro Fruit e Orange for Agricultural Crops fecharam seus primeiros acordos para exportar a fruta ao Brasil.
Segundo a Sadat, cada comprador solicitou de três a quatro contêineres por semana. Um contêiner recebe até 22 toneladas da fruta. A Orange for Agricultural Crops afirma exportar 40 mil toneladas de laranja para diferentes destinos todos os anos. Alguns compradores precisam de laranjas e tangerinas porque quando a temporada termina no Brasil, o Egito ainda tem produção. Em dois dias, a empresa fechou negócio para o embarque de 25 contêineres da fruta. O Brasil importa a laranja do Egito desde 2019, quando ocorreu a aprovação dos protocolos fitossanitários entre os dois países. O Egito tem um acordo de livre comércio com o Mercosul desde 2017, e, assim, não paga os 10% de imposto de importação que se cobra dos exportadores europeus.
De acordo com a SameLog, empresa que atua na logística internacional de frutas no Brasil desde 2008, o acordo assegurou vantagens competitivas ao Egito em relação à Espanha, principal fornecedor de laranja de mesa ao Brasil até 2022. Desde então, o Egito é líder no fornecimento. Hoje, responde por 44% do volume de laranja que o Brasil importa. A depender da taxa de câmbio, a laranja do Egito chega a ser até 60% mais barata que a nacional, e tem ainda a vantagem de chegar ao Brasil nos meses da entressafra local. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.