16/Apr/2024
Segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), a indústria processadora de cacau no Brasil recebeu 18,7 mil toneladas do produto no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 31% em comparação com igual período de 2023 (27,2 mil toneladas). No primeiro trimestre de todo ano já é esperado um volume menor de recebimento, mas este ano a queda foi de mais de 30% comparado com 2023, e essa redução se deve principalmente aos impactos do El Niño e de doenças como a vassoura-de-bruxa e podridão parda. A moagem de cacau no País teve um recuo de 6% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2023.
O volume industrializado de amêndoas foi de 59,9 mil toneladas nos três primeiros meses de 2024, ante 64 mil toneladas do ano passado. A redução na moagem está ligada à queda no recebimento de amêndoas no período. De todo modo, o volume de moagem deste trimestre ainda é superior à média do primeiro trimestre dos últimos 3 anos. A Bahia foi responsável por pouco mais de 61% do volume total de amêndoas nacionais recebidas pela indústria processadora no primeiro trimestre de 2024, totalizando 11,4 mil toneladas. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o volume fornecido pelo Estado foi de 13,9 mil toneladas, houve um recuo de aproximadamente 18%.
O Pará, por sua vez, foi responsável por 32%% do volume recebido, totalizando 5,8 mil toneladas, uma queda de quase 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o recebimento foi de 11,6 mil toneladas. Espírito Santo (1.273 toneladas) e Rondônia (156 toneladas) foram responsáveis por 7% do volume total recebido no primeiro trimestre do ano de 2024, mantendo-se estáveis frente aos valores de 2023. A importação de amêndoas de cacau e a exportação de derivados tiveram queda no primeiro trimestre de, respectivamente, 56% e 23%. Já a exportação de amêndoas de cacau ficou praticamente estável, passando de 71 toneladas para 87 toneladas.
Entre janeiro e março deste ano, o volume importado de amêndoas de cacau foi de 15 mil toneladas, ante 34 mil toneladas importadas no mesmo período de 2023. A importação de amêndoas de cacau atende as necessidades dos clientes internacionais e, com a perspectiva de melhora contínua na produção interna, a tendência é que esse volume continue reduzindo. O principal mercado de destino de derivados do Brasil é a Argentina, que, em virtude do momento econômico, tem diminuído o volume importado. Neste trimestre, comparado com o mesmo período do ano passado, a queda foi de mais de 35%. Esse fator também acaba causando impacto na importação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.