10/Apr/2024
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou que cerca de 400 famílias do ocuparam uma fazenda em Itabela, no extremo sul da Bahia. Segundo o movimento, a área é improdutiva. O ato faz parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, que ocorre neste mês em repúdio ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. A área invadida pelo movimento é da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ligada ao Ministério da Agricultura, e, portanto, do governo federal.
O MST afirma que reivindica a área para a reforma agrária e defende a reforma agrária popular como um projeto de agricultura sustentável para produzir alimentos a todo o povo brasileiro do campo e da cidade e assim combater a fome. Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o MST reforçou o pleito pela destinação de áreas para reforma agrária. O governo vai anunciar, na segunda-feira (15/04), a "prateleira de terras" improdutivas e devolutas para destinar à reforma agrária e à demarcação para quilombolas, promessa feita pelo petista desde o ano passado, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
A entrega da "prateleiras de terras" pelo governo federal ocorre durante o tradicional "Abril Vermelho", como uma tentativa de frear invasões do movimento. O MST foi recebido por Lula no sábado (06/04) na Granja do Torto, juntamente com representantes de sindicatos e de outros movimentos sociais. O MST havia afirmado que iria esperar o governo anunciar medidas para a reforma agrária para programar ações do Abril Vermelho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.