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20/Mar/2024

Escolhas da geração Z moldam mundo do alimento

O paladar da geração Z, que abrange jovens nascidos entre 1995 e 2010, vem influenciando o portfólio de produtos disponíveis no mercado, à medida que essa faixa etária tem cada vez mais poder de decisão sobre o que vai para o seu prato. Esse movimento é visto como uma tendência sem volta, conforme surgem novos hábitos de consumo. Segundo especialistas, há uma demanda crescente por alimentos com origem reconhecida, novas aparências e sabores, em vez dos produtos tradicionais, e a sustentabilidade tornou-se uma exigência.

Do ponto de vista do alimento e do sabor, as duas características mais importantes são a segurança na produção e o apelo saudável, segundo a Driscoll’s, uma das maiores produtoras de frutas silvestres nos Estados Unidos, as chamadas berries (morangos, mirtilos e amoras) e gigante no processamento e distribuição de alimentos como café, massas, carnes e vegetais congelados. Não é necessariamente sobre a saúde, mas a perspectiva de melhorar a qualidade da oferta para o consumidor.

Então, a empresa passou a oferecer produtos muito menos processados. Além disso, hoje em dia as pessoas realmente se importam com a maneira como os alimentos são produzidos. As tendências para atender os anseios das novas gerações estão no centro das atenções da Driscoll’s, que hoje domina um terço da demanda por frutas silvestres nos Estados Unidos. A geração Z apresenta drásticas mudanças em relação à anterior (geração X), quando o assunto é comida, exigindo adaptações no âmbito do varejo.

A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos alimentícios, portanto, são prioritários para a empresa. É uma faixa etária quase do mesmo tamanho dos millennials, mas eles têm algumas características que surpreendem. A empresa observa suas preferências, de como compram, onde compram e o que de fato importa para eles. No modelo de negócio, a Driscoll’s é dona da genética das sementes que usa e compra as frutas dos produtores que as utilizam.

A inovação em termos de sabores é uma questão de planejamento a longo prazo e que necessita da ciência para se ajustar ao “mindset do varejo”. Para a Circana, consultoria especializada em comportamento do consumidor, com sede em Chicago (EUA), os jovens dos dias atuais herdaram o ceticismo da geração antecessora, que lutou para ter visões mais realistas sobre a produção mundial e local de alimentos, inclusive no combate à fome. Essa geração criou seus filhos para serem incrivelmente conscientes do que está na comida deles. Fonte: Forbes Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.