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11/Mar/2024

Cacau: alta do preço não deverá afetar a demanda

A perspectiva de demanda aquecida por chocolate ao longo deste ano tende a amenizar a pressão dos custos para a indústria, sobretudo dos preços do cacau. Nas bolsas internacionais, os valores da amêndoa atingiram máxima histórica, ultrapassando os US$ 6 mil por tonelada, com a quebra de produção na Costa do Marfim e em Gana. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) traça um cenário positivo para o setor, com previsão de crescimento de 10% em produção e em vendas em 2024. A indústria brasileira está preparada para acomodar esse tipo de situação.

E a Páscoa sinaliza bons retornos. A produção de chocolates no País fechou o ano passado em 805 mil toneladas, enquanto o consumo per capita passou de 3,6 para 3,9 quilos. Líder no mercado de chocolates do Brasil, a Nestlé prevê crescer 10% em volume de vendas no País nesta Páscoa. A fabricante produziu 13 milhões de unidades de ovos. A Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que fornece a amêndoa para a indústria, prevê de estabilidade a leve crescimento na moagem de cacau neste ano, para 200 mil a 220 mil toneladas recebidas, após aumento de 7% em 2023. A indústria de chocolates espera aumento de 15% nas vendas da Páscoa deste ano. Para a data foram produzidos 58 milhões de ovos.

A Ferrero Rocher também está otimista com o desempenho no Brasil em 2024, prevendo crescimento de dois dígitos em receita e volume. Globalmente, a empresa faturou no ano passado 17 bilhões de euros em 2023. A Páscoa, apesar de ser um grande evento para a marca italiana, que produz 400 toneladas de ovos por ano no Brasil, não trará muita surpresa. A expectativa é de que as vendas na data fiquem estáveis ou levemente abaixo de 2023. A empresa aponta o fato de a data cair no fim do mês, antes de a maior parte da população empregada receber seus salários. Fonte: BroadcastAgro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.