28/Feb/2024
Segundo o Commerzbank, os preços do cacau continuam subindo e podem não estar perto do pico. A preocupação com a escassez de oferta impulsiona os ganhos. Na África, na Costa do Marfim, principal produtor global, a chegada de cacau aos portos este ano foi 34% menor até o início de fevereiro ante igual período no ano passado, enquanto em Gana, segundo maior produtor, foi vendido 35% menos cacau. Apesar da informação não ser nova, ela foi capaz de ampliar ainda mais as cotações. Agora, pode estar havendo sinais de exagero. No entanto, isso não significa que o aumento de preço esteja próximo do pico.
O cacau pode ampliar seus ganhos tendo em vista o novo relatório trimestral da Organização Internacional do Cacau (ICCO), previsto para esta quinta-feira (29/02), que provavelmente irá prever um considerável déficit de oferta para o atual ano de colheita 2023/2024, que poderia atingir 500 mil toneladas, segundo participantes do mercado. Outro relatório da ICCO já havia alimentado a preocupação com a oferta, com sinais de fenômeno climático indicando que os atuais e intensos ventos sazonais de Harmattan na África Ocidental agravariam a situação de alta de preços.
Desde o início do ano, a commodity teve ganho de 56% na Bolsa de Nova York, com impulso da preocupação com a escassez da oferta e eventos climáticos intensos, levando à queda nas exportações dos principais produtores. Na segunda-feira (26/02), o contrato março atingiu US$ 6.884,00 por tonelada, enquanto o vencimento maio, o mais líquido, chegou a US$ 6.557,00 por tonelada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.