14/Feb/2024
De acordo com o terceiro levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), divulgado no dia 9 de fevereiro, em parceria com a Markestrat, FEARP/USP e FCAV/Unesp, a safra de laranja 2023/2024 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro deve ser de 307,22 milhões de caixas de 40,8 Kg, mesmo volume da previsão anterior, de dezembro passado, e uma redução de apenas 0,7% em comparação com a projeção inicial de maio de 2023. Considerando que mais de 95% da produção já foi colhida, os números dessa reestimativa refletem com precisão a atual situação da safra, com pouca margem para mudanças até o seu encerramento. A atual reestimativa não teve alteração em comparação com a anterior por causa das condições climáticas desfavoráveis que persistiram nos dois meses seguintes à última revisão, com chuvas abaixo da média histórica e temperaturas elevadas.
Enquanto a colheita das variedades precoces encerrou com um aumento de 2,27 milhões de caixas de 40,8 Kg, graças às chuvas abundantes no primeiro semestre de 2023, as projeções para as variedades de meia-estação e tardias ainda indicam uma queda de 4,39 milhões de caixas de 40,8 Kg. Outros fatores que influenciaram a diminuição da safra incluem a incidência de greening, que continua crescendo nas propriedades do cinturão citrícola e o ritmo mais acelerado da colheita nesta temporada, reduzindo o tempo disponível para o desenvolvimento dos frutos. De acordo com a Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, a interação desses fatores resultou em frutos de tamanhos menores do que o esperado nas variedades de meia-estação e tardias, o que culminou na redução da produção dessas variedades. Embora tenha prejudicado o crescimento das laranjas, o ritmo mais acelerado de colheita ajudou a reduzir a perda de frutos causada por queda prematura e atenuou a redução da produção.
A projeção da taxa de queda de frutos permanece em 19,0%, em média, considerando todas as variedades. Na distribuição da taxa de queda entre as variedades, as precoces Hamlin, Westin e Rubi encerraram em 10,8%, enquanto as outras variedades precoces atingiram 12,1%. A Pera Rio registrou 19,0%, enquanto Valência e Valência Folha Murcha mantiveram-se em 22,0%, e a variedade Natal em 28,9%. Considerando todas as variedades, são necessários 255 frutos para compor uma caixa de 40,8 Kg, 8 frutos a mais em comparação com o avaliado em maio. Assim, o peso das laranjas permanece projetado em 160 gramas, contrastando com o peso médio inicialmente projetado em 165 gramas. Essa medida representa um peso inferior ao da média dos últimos 10 anos, que é de 163 gramas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.