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27/Sep/2023

Laranja: análise das formas de controlar o greening

Com o agravamento dos casos de greening nos pomares de citros em São Paulo, representantes da cadeia produtiva se reuniram, na segunda-feira (25/09), com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para debater o problema. De acordo com o Fundecitrus, em estudo divulgado no fim de agosto, a incidência do greening nos laranjais situados entre São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro avançou de forma preocupante do ano passado para cá, crescendo de 24,42% em 2022 para 38,06% em 2023. Assim, 77,22 milhões de árvores estão doentes, de um total de 202,88 milhões plantados nos dois Estados. O greening, provocado por uma bactéria inoculada nas plantas por um inseto psilídeo, é a doença mais grave da citricultura brasileira e obriga à erradicação das plantas contaminadas.

Estiveram presentes na reunião representantes da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM), do Fundecitrus e da Câmara Setorial da Citricultura, para debater ações. O setor apresentou medidas como a aplicação de inseticidas com periodicidade em pomares; a escolha adequada da nova região para plantio e a realização de controle de citros não comerciais na região do entorno da propriedade produtiva. Além disso, o registro de moléculas de combate ao greening junto ao Ministério da Agricultura, ou seja, de defensivos eficazes contra a doença. O grupo sugeriu também a criação de um plano de comunicação para conscientização da sociedade sobre o greening e o fortalecimento da pesquisa para buscar novas alternativas para combate à doença.

As ações pretendem reunir iniciativas que envolvam a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, com foco em sanidade vegetal, além de reforçar as vistorias de pomares abandonados nas regiões afetadas pela doença. À Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) caberá o trabalho de extensão rural. A melhor maneira para enfrentar o problema é o governo estadual, junto ao setor produtivo, implementar um plano integrado de trabalho. Foi proposto um trabalho conjunto com a Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo para entender a melhor forma de divulgar o status da doença. O setor de sucos, sendo o de laranja o mais rentável da balança do Estado, é o quinto produto do agro mais exportado em São Paulo, responsável por cerca de U$S 1,3 bilhão das vendas externas setoriais do Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.