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24/Aug/2023

Hortifrúti: preços das hortaliças recuam em julho

De acordo com o 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quarta-feira (23/08), os preços da alface, da batata, da cebola e do tomate apresentaram movimento preponderante de baixa nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) em julho. A pesquisa considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) e as cinco frutas (laranja, mamão, melancia, maçã e banana) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA). No caso da alface, o movimento negativo, na média, no atacado, foi de 6,1% em julho, com um quadro atual de baixa demanda e oferta controlada. Os preços da batata continuaram em queda nas Ceasas em julho, conforme registrado no mês anterior.

Na média ponderada entre junho e julho, o decréscimo foi de 14,07%, explicado pela maior oferta do produto nas Ceasas. Para a cebola, as cotações também registraram tendência de queda na média ponderada. As variações negativas mais expressivas ocorreram nas Ceasas de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Rio Branco (AC). O tomate, que passou por um período de alta desde o fim do ano passado, apresentou cotações mais baixas nos meses de junho e julho. Na média ponderada, a queda foi de 1,75% e conferiu preços de R$ 3,98 por Kg na Ceagesp (SP) e de R$ 4,13 por Kg na Ceasa de Recife (PE). No início de julho, a entrada do produto nos mercados atacadistas estava controlada, o que puxava os valores para cima. No entanto, com o aumento de temperatura, a maturação do produto acelerou e a oferta aumentou, derrubando os preços.

No entanto, o movimento não foi uniforme, apresentando altas de 64,03% em São José (SC) e de 21,62% em Brasília (DF). A cenoura ficou mais cara em quase todas as Ceasas analisadas. Depois de registrar queda por dois meses consecutivos, voltou a subir em julho e de forma significativa em alguns Estados. A oferta caiu pouco, mas ainda assim pressionou os índices para cima, uma vez que o volume ofertado ficou abaixo do registrado em maio, mês de ápice durante o ano, quando os valores experimentaram queda. No mês de julho, com relação às frutas, o movimento preponderante de preços da laranja e melancia foi de baixa. No caso da laranja, os fatores que diminuem a demanda pelo fruto, como a concorrência com a mexerica poncã e o frio, foram compensados com a intensificação do processamento industrial para a produção de suco. A melancia mostrou aumento na comercialização na maioria das Ceasas e crescimento da demanda na segunda quinzena.

O tempo mais quente e seco contribuiu para o amadurecimento das frutas (em Goiás e Tocantins) e para o aumento da demanda. Enquanto a maçã registrou discretas variações, a banana e o mamão tiveram movimento de alta de preços na maioria dos mercados analisados. A banana apresentou elevação dos valores no cálculo ponderado e diminuição da comercialização na maioria das Ceasas. O frio contribuiu para a redução da produção da banana prata paulista e mineira, assim como para a colheita da banana nanica, cuja produção teve maior prejuízo por causa de um ciclone no norte catarinense que provocou a morte de plantas e o surgimento de fungos. Para o mamão, as cotações subiram e a comercialização oscilou entre as Ceasas, após meses de suave queda de preços. Nas zonas produtoras ocorreu retração da oferta por causa do frio e de poucas chuvas, com a colheita de boa parte das frutas ainda sem a maturação ideal (mamão formosa e papaia). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.