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26/Jul/2023

Frutas: projeção da produção no Brasil até 2032/2033

As frutas brasileiras têm apresentado importância crescente, tanto no mercado interno como no exterior. De acordo com o estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/2023 a 2032/2033”, feito pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de janeiro a junho deste ano, o valor das exportações (inclui nozes e castanhas) foi de US$ 533,3 milhões, e a quantidade exportada foi de 483,3 mil toneladas, embarcadas para mais de 120 países. A União Europeia é o principal destino das exportações nacionais. Limões e limas, melões e mangas são as frutas que apresentaram neste ano (janeiro a junho) os melhores resultados em valor nas exportações: limões e limas US$ 84,6 milhões, melões US$ 69 milhões e mangas US$ 68,4 milhões.

As uvas, abacates e maçãs também tiveram desempenho favorável, com US$ 36,4 milhões, US$ 30,1 milhões e US$ 29,5 milhões em receitas, respectivamente. As projeções de produção até 2032/2033 mostram que os maiores aumentos de produção devem ocorrer em melão (28,7%), manga (22,9%), maçã (21,3%) e uva (16,3%). De acordo com analistas do setor, o crescimento da produção e da área de melão faz sentido se o Brasil conseguir abrir novos destinos de exportação. O mercado europeu está bem consolidado e o mercado chinês ainda está em negociação. A produção faz uso de tecnologia, sobretudo, no Rio Grande do Norte e no Ceará.

Os aumentos recentes de área, podem permitir crescimento da produção de manga, porém espera-se uma interrupção na expansão de área. Quanto às exportações, acredita-se em continuidade do crescimento, mas em ritmo menos intenso que o projetado no modelo. Para uva, os aumentos de área no Vale do São Francisco e a disponibilidade de variedades produtivas podem aumentar a produção no próximo decênio. Ocorreram aumentos significativos em áreas nas regiões de uva de mesa nas Regiões Sul e Sudeste do País. Para a maçã, a estimativa é de que a área de plantio seja praticamente estável nos próximos dez anos, mas com ganhos de produtividade decorrente dos constantes investimentos tecnológicos do setor.

Há interesse em novas variedades, mais adaptadas e que possam ser mais adensadas. A exportação de maçã depende muito da oferta nacional, dos concorrentes e da demanda dos principais destinos. A tendência é de que cresçam os embarques do produto. Para laranja e suco de laranja, a produção de laranja deverá passar de 16,9 milhões de toneladas na safra 2023 para 17,7 milhões de toneladas em 2032/2033. O crescimento anual deve ser por volta de 0,5% no próximo decênio. A área plantada deve sofrer uma redução nos próximos anos, com recuo dos atuais 656 mil hectares para 572 mil hectares. O estado de São Paulo, principal produtor do País, vem reduzindo a área de colheita da laranja.

As exportações de suco de laranja devem passar de 2,5 milhões de toneladas, em 2022/2023, para 3 milhões de toneladas ao final do período das projeções. Isso representa um aumento de 21,9% na quantidade exportada. O faturamento neste ano (janeiro a junho) foi de US$ 1 bilhão para uma quantidade de 1,3 milhão de toneladas exportadas, com 75,8% na participação mundial. A participação brasileira no mercado mundial de suco de laranja foi de 49,5% em 2022. As importações mundiais foram de US$ 3,99 bilhões e as exportações brasileiras foram de US$ 1,98 bilhão no mesmo período. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.