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24/Jul/2023

Cacau: Barry Callebaut construirá unidades no País

A Barry Callebaut, maior processadora de cacau do mundo, avalia construir algumas unidades próximas a pontos não-tradicionais de produção do cacau no Brasil para capturar oportunidades de aquisição direta do produto com fornecedores ainda em desenvolvimento. Hoje, o foco da empresa é a compra direta, mas há o desafio logístico. Dos 93 mil produtores de cacau do Brasil, a Barry Callebaut estima ter contato direto com 35% deles e faz a aquisição de maneira indireta, via intermediários (chamados de atravessadores), com a parcela restante. A meta da empresa é inverter esses percentuais o quanto antes e, para isso, pretende aumentar as unidades de suporte técnico espalhadas pelo País.

A Barry Callebaut possui uma rede de técnicos em Estados como Bahia, Pará, Espírito Santo e Rondônia para se aproximar de produtores e realizar a compra direta do cacau. Através dessa rede de filiais, a empresa consegue também oferecer produtos como insumos, fertilizantes, corretivos de solo, análise de solo e assistência técnica para que o produtor desenvolva a área, porque, obviamente, o interesse é poder comprar o cacau dele. Ainda não há uma meta definida, mas a empresa pretende ampliar a ação desses pontos de auxílio técnico para regiões que têm mostrado potencial de crescimento da produção, como Minas Gerais e o oeste da Bahia. São áreas não-tradicionais e, a partir do momento que elas tiverem um volume de produção que justifique ter uma unidade, a Barry Callebaut certamente estará presente.

A ideia, como setor, é chegar em 2030 com o maior volume possível de compra direta do produtor para que haja uma racionalidade da cadeia. O projeto não elimina a figura dos atravessadores, já que esses agentes se tornaram facilitadores da cadeia, especialmente no que se refere ao acesso ao crédito. No entanto, a Barry também espera acompanhar de perto os procedimentos adotados por esses atores. Não é a estratégia da indústria retirar o intermediário da cadeia, mas trazê-lo para uma lógica de rastreabilidade e sustentabilidade. A companhia realiza ações que visam a profissionalização do trabalho do atravessador para que ele se torne um parceiro da cadeia de fornecimento do cacau. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.