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21/Jul/2023

Hortifrúti: inverno influencia na demanda do atacado

De acordo 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira (20/07), o inverno influenciou a demanda e a oferta de frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do País em junho. As cotações de alface, cenoura e tomate apresentaram queda no mês passado, assim como de laranja, mamão e melancia. A pesquisa considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) e as cinco frutas (laranja, mamão, melancia, maçã e banana) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA). No caso da alface, a baixa ocorreu mesmo com uma diminuição na quantidade de produto nos mercados analisados.

A demanda registrou redução mais intensa, comportamento normal para esta época do ano com temperaturas mais baixas, o que não permitiu a reação dos preços da folhosa. A cenoura e o tomate tiveram a oferta controlada, o que não impediu o menor valor de comercialização das hortaliças. Com a permanência do frio, o desenvolvimento dos dois produtos tende a ser mais demorado, o que pode exercer pressão de alta nos preços em julho. Continua praticamente estável o preço da cebola, pela média ponderada, caindo apenas 1,53% em relação à média de maio. Analisando a oferta por região, fica evidenciado que a menor oferta da Região Nordeste puxou os preços para cima. Enquanto a oferta das Regiões Sudeste e Centro-Oeste aumentou significativamente. Em compensação, os preços médios da batata registraram alta. O aumento é explicado pela menor entrada do produto nos mercados atacadistas.

As baixas temperaturas também se refletiram em uma menor demanda por frutas, como laranja, melancia e mamão, cujos preços, na média, caíram. Além de inibir a procura por estes produtos, o frio também repercute na oferta, seja no controle da quantidade ou na qualidade. Para a maçã, porém, observou-se aumento de preço, mesmo com a diminuição da demanda nos principais centros consumidores em virtude do frio, do início das férias escolares e das festividades juninas no mês de junho, que acabaram por causar impacto nas vendas no atacado. Entretanto, mesmo com o mercado lento, os preços subiram por causa do grande controle de oferta que têm as companhias classificadoras mediante o uso das câmaras frias, estruturas que aumentam o período de conservação da fruta. No caso da banana, as cotações registraram pequenas variações, mantendo-se dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.