29/Mai/2023
Cooperados produtores de laranja da Cocamar, no Paraná, informaram que a captura de psilídeos aumentou exponencialmente em todas as regiões produtoras de citros da cooperativa. O inseto é vetor da principal doença da citricultura, o greening, ou HLB, ainda sem tratamento e que obriga à erradicação de plantas doentes. Este fato surpreendeu e deixou assustados os cooperados, que acreditavam que a situação na região se encontrava sob controle e que os manejos à base de pulverização semanal estavam sendo efetivos.
Um dos fatores que contribuíram para o aumento da taxa de captura do inseto vetor foi a chegada da frente fria, que pode deslocar a praga por distâncias de até 30 quilômetros, sendo que grande parte desses insetos é proveniente de pomares não comerciais, como por exemplo as plantas de limão, laranja e mexerica poncã cultivadas em fundo de quintal nas cidades, chácaras e pastos, onde não se faz um manejo adequado com defensivos.
Nessas condições, tais plantas acabam servindo para a reprodução da praga que, em seguida, migra para áreas comerciais, contaminando as plantas sadias. A fim de contribuir para o controle da doença nos pomares, a Cocamar emitiu um alerta em todas as redes sociais e grupos de mensagens, pedindo que os produtores se unissem e fizessem a pulverização ao mesmo tempo em um intervalo curto de uma semana, para reduzir a incidência do inseto.
Outra medida foi a criação de grupos de mensagens com produtores em um raio de até 20 quilômetros, dividindo-os em microrregiões, onde ações são tratadas nos locais para o controle do inseto vetor. No total são 24 microrregiões em toda a área de atuação em citros da cooperativa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.