11/Mai/2023
Segundo levantamento é do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em cooperação com a Markestrat, e professores titulares da FEA-RP/USP e FCAV/Unesp, divulgado nesta quarta-feira (10/05), a estimativa da safra de laranja 2023/2024 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, o maior do mundo, indica a produção de 309,34 milhões de caixas de 40,8 Kg, o que corresponde a uma queda de 1,5% em relação à safra passada, que encerrou em 314,21 milhões de caixas de 40,8 Kg. Desse total, 27,02 milhões de caixas de 40,8 Kg deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro (MG). Essa diferença pouco expressiva mantém a produção no mesmo patamar da safra anterior e dentro da faixa média dos últimos dez anos.
Na comparação com o volume médio produzido na última década, a safra atual mostra um leve acréscimo de 1,04%. Uma das causas dessa variação é o ciclo bienal de produção, que resulta em uma menor carga de frutos por árvore na safra de ciclo negativo, como é o caso desta temporada. Assim, enquanto na safra anterior, o número médio de frutos por árvore aumentou em cerca de 5%, nesta safra ocorreu uma queda na mesma proporção. Caso as premissas utilizadas para projetar a safra se concretizem, ou seja, o aumento do peso médio das laranjas colhidas e a redução da taxa de queda prematura de frutos, será possível minimizar o impacto decorrente da diminuição da quantidade de frutos.
Apesar de as chuvas terem causado problemas em algumas situações específicas, em geral foram benéficas para o crescimento dos frutos, que já apresentam um peso levemente maior do que o da safra passada nesse mesmo estágio. Espera-se que esse bom desenvolvimento dos frutos continue até o encerramento da safra. O peso das laranjas no momento da colheita está projetado em 165 gramas (247 frutos por caixa de 40,8 Kg), o que representa um aumento de 3,71% em relação ao peso médio de 159 gramas registrado na safra anterior (256 frutos por caixa de 40,8 Kg) e 1,23% acima do peso médio das últimas 10 safras (163 gramas, o que resulta em 250 frutos por caixa de 40,8 Kg).
A incidência e severidade do greening, que continua aumentando, representa uma grande pressão sobre a taxa de queda dos frutos. Na safra anterior, essa doença foi a segunda maior responsável pela queda de frutos, representando mais de um quarto do índice total de 21,30%. Por conta dessa conjuntura, a taxa de queda está projetada em 21%, semelhante à do ano anterior. A produtividade média nesta temporada é praticamente a mesma do ano anterior, com 918 caixas de 40,8 Kg por hectare e 1,83 caixas de 40,8 Kg por árvore, em comparação com as 912 caixas de 40,8 Kg por hectare e 1,85 caixas de 40,8 Kg por árvore colhidas na safra 2022/2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.