13/Fev/2023
Pelo terceiro ano consecutivo, o La Niña vem atuando no verão brasileiro. Apesar de o fenômeno climático prejudicar a produção de alguns hortifrútis em determinadas regiões do País, ele acaba favorecendo certas culturas. Vale lembrar que o La Niña interfere no clima com mais intensidade nos extremos do País, resultando em excesso de chuva na Região Nordeste e baixo volume de precipitação, ou tempo seco, na Região Sul. O grande volume de chuva na Região Nordeste danificou a produção de frutas, sobretudo a voltada à exportação. Na Região Sul do País, o tempo mais seco acabou beneficiando a produção de batata e de tomate, sobretudo do Rio Grande do Sul.
Paralelamente ao efeito do La Niña, a Região Sudeste registrou no verão de 2022/2023 chuvas acima da média, por conta da passagem de umidade pela porção Central do Brasil, conforme indicações da Rural Clima. Esse cenário contribuiu para a recuperação das reservas hídricas do Sudeste, mas prejudicou a qualidade e a produtividade de hortifrútis produzidos na região, além de ter elevado os custos de produção, à medida que houve necessidade de intensificação no manejo fitossanitário. Tudo indica que o La Niña perderá força em março, e o clima deve se normalizar entre o outono e inverno de 2023. No segundo semestre de 2023, há indícios de que o El Niño volte ao Brasil, resultando em clima contrário ao observado atualmente, ou seja, chuvas escassas na Região Nordeste e acima da média na Região Sul. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.