20/Jan/2023

Os futuros de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) fecharam em 206,20 cents por libra-peso no dia 17 de janeiro na Bolsa de Nova York. O valor está um pouco abaixo do recorde estabelecido em 2016, quando havia preocupações com a safra brasileira. No ano passado, o suco foi uma das commodities de melhor desempenho, tendo subido mais de 40% na Bolsa de Nova York. A alta se deve à expectativa de que a safra de laranja da Flórida em 2022/2023 seja a menor em quase 90 anos. O estado, responsável pela maior parte das laranjas usadas na fabricação de suco nos Estados Unidos, foi castigado no ano passado por uma geada, dois furacões e pela doença conhecida como greening. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou sua previsão para a safra da Flórida de 20 milhões de caixas de 40,8 Kg para 18 milhões de caixas de 40,8 Kg.

A nova estimativa representa menos da metade da produção do ciclo anterior e uma queda de 93% em relação ao pico registrado em 1998. Além disso, o USDA afirmou que os frutos neste ano estão pequenos. Nas quatro semanas encerradas em 31 de dezembro, os preços de suco de laranja no varejo dos Estados Unidos estabeleceram novo recorde de US$ 8,52 por galão, de acordo com dados da Nielsen fornecidos pelo Departamento de Citrus da Flórida. Os preços altos se justificam, mas isso também limita a demanda. Outro problema é o greening, doença que provoca a queda prematura dos frutos e vem devastando os pomares da Flórida. Para o CoBank, a perspectiva para o futuro da produção de laranja na Flórida não é boa. A tendência de longo prazo é que a produção continue diminuindo por causa do greening. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.