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19/Jan/2023

Cacau: recebimento pela indústria cresce em 2022

Segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), as indústrias nacionais receberam 205.782 toneladas de amêndoas de cacau em 2022, um aumento de 4,1% em comparação com as 197.654 toneladas do ano anterior. Na comparação mês a mês, houve um recuo de 2,5% no mês de dezembro de 2022 frente ao recebido no mês anterior, passando de 17.959 toneladas para 17.498 toneladas. Na comparação de dezembro de 2022 com o mesmo mês de 2021, houve um crescimento de 10,1%, já que no mês de dezembro de 2021 o volume recebido foi de 15.889 toneladas. O aumento do volume recebido confirma que o Brasil caminha para atingir a autossuficiência na produção de amêndoas de cacau em breve.

Entre janeiro e dezembro de 2022, a moagem de amêndoas pela indústria ficou em 226.015 toneladas, um crescimento de aproximadamente 0,82% em relação às 224.168 toneladas do mesmo período anterior. Na comparação entre novembro e dezembro, o volume processado recuou 0,08%, passando de 19.954 toneladas para 19.939 toneladas, o que demonstra uma estabilidade importante frente os desafios econômicos e sociais que o mundo tem enfrentado nos últimos três anos. Na comparação com dezembro de 2021, houve um crescimento de 4,3%, já que o volume processado no mesmo mês do ano anterior foi de 19.103 toneladas.

A moagem tem crescido nos últimos anos, ainda que com uma velocidade menor do que o desejado, em razão dos diversos desafios dos últimos anos, não somente no Brasil, mas também em todo o mundo, como a pandemia de Covid-19 e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Ainda que alguns desses eventos aconteçam muito longe do País, o impacto é direto no consumo dos derivados de cacau. O recebimento de amêndoas por Estado teve como destaque o volume enviado pela Bahia, de 139.642 toneladas. No acumulado de 2022, houve um recuo de aproximadamente 0,9% em relação às 140.928 toneladas de 2021.

Em seguida, veio o Pará com 56.586 toneladas, volume que cresceu 13,5% em comparação às 49.821 toneladas do mesmo período de 2021, seguidos por Espírito Santo com 7.635 toneladas ante 5.261 toneladas, alta de 45,4%; e Rondônia, com 1.523 toneladas, ante 1.584 toneladas, queda de 3,8%. Em termos de importação de amêndoas, o acumulado do ano foi de 11.011 toneladas, ante 59.768 toneladas importadas entre janeiro e dezembro de 2021. Mais uma vez, a redução da importação é um reflexo direto da melhora nos volumes entregues para a indústria. A indústria caminha para a autossuficiência na produção de amêndoas, reduzindo assim a dependência do cacau importado e, consequentemente, reduzindo a importação de derivados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.